Dólar (Don Farrall/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2020 às 09h13.
Última atualização em 20 de março de 2020 às 18h19.
São Paulo - O dólar fechou o pregão desta sexta-feira (20) em queda pelo segundo dia consecutivo, após o Federal Reserve (FED) ter anunciado, na véspera, que poderá emprestar até 60 bilhões de dólares ao banco central brasileiro e aos de outros oito países (Austrália, Brasil, Cingapura, Coreia do Sul, Dinamarca, México, Suécia, Noruega e Nova Zelândia).
A ajuda pode chegar ao valor de 450 bilhões de dólares, visto que Dinamarca, Noruega e Nova Zelândia terão acesso a um fundo menor, de 30 bilhões de dólares. Nesta sexta, o dólar comercial caiu 1,6% e encerrou cotado a 5,022 reais. Já o dólar turismo subiu 0,4%, a 5,32 reais.
Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, vê a medida como uma tentativa dos Estados Unidos para conter a valorização do dólar no mundo. "Os produtos americanos estão ficando menos competitivos. Com o dólar ultravalorizado, os Estados Unidos podem perder uma posição importante no comércio internacional", comentou.
Apesar da queda, Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos, não acredita que o pior já tenha passado. "A situação ainda não melhorou. Não dá pra falar que está melhor com o dólar a 5 reais", disse.
Segundo Nagem, o número de casos de coronavírus no Brasil, que já passa de 600 confirmados e segue aumentando, pode ter impacto direto no câmbio. "Está só começando. Redução de salário e imposto alivia um pouco a situação das indústrias, mas tem custos, como aluguel, que são fixos."