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Dólar abre em baixa, cotado a R$ 2,2160

Das 10h30 às 10h40, o Banco Central ofertará aproximadamente US$ 3,3 bilhões no mercado futuro, representados por até 66.600 contratos de swap cambial, com vencimentos em 1/10/2013 e 1/11/2013


	No mercado futuro, às 9h43, o contrato de dólar para julho de 2013 estava em queda, a R$ 2,2175 (-0,54%), após começar a sessão cotado a R$ 2,2160 (-0,61%)
 (Marcos Santos/USP Imagens)

No mercado futuro, às 9h43, o contrato de dólar para julho de 2013 estava em queda, a R$ 2,2175 (-0,54%), após começar a sessão cotado a R$ 2,2160 (-0,61%) (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 10h47.

São Paulo - O clima externo aparentemente mais calmo nesta terça-feira, 25, no exterior, combinado à perspectiva de mais um leilão de swap cambial por parte do Banco Central brasileiro conduzem o dólar à queda ante o real. A moeda norte-americana à vista abriu em baixa, a R$ 2,2160 (-0,36%) no balcão.

No mercado futuro, às 9h43, o contrato de dólar para julho de 2013 estava em queda, a R$ 2,2175 (-0,54%), após começar a sessão cotado a R$ 2,2160 (-0,61%). Até esse horário, esse vencimento da moeda norte-americana oscilou de R$ 2,2080 (-0,96%) a R$ 2,2210 (-0,38%).

Das 10h30 às 10h40, o Banco Central ofertará aproximadamente US$ 3,3 bilhões no mercado futuro, representados por até 66.600 contratos de swap cambial, com vencimentos em 1/10/2013 e 1/11/2013.

A operação de swap desta terça-feira tem por objetivo a rolagem de um vencimento desses contratos no mesmo montante, que ocorrerá no próximo dia 1º de julho. Os operadores acreditam que o BC poderá rolar pelo menos uma boa parte do montante a vencer.

A melhora dos mercados no exterior é apoiada em informação do Banco do Povo da China (PBOC), de que forneceu liquidez ao mercado. O banco central disse que, de modo geral, não há falta de liquidez e pediu que os bancos controlem os riscos e prometeu estabilizar o mercado monetário do país.

Ainda assim, um sentimento de cautela sobre a Itália permeia os mercados, mas é incapaz de apagar o sinal positivo predominante na maioria das bolsas europeias. Uma reportagem do jornal britânico Daily Telegraph informa que a Itália provavelmente precisará de um resgate financeiro da União Europeia dentro dos próximos seis meses, segundo informações do banco italiano Mediobanca.


A crise econômica está se aprofundando no país e o aperto de crédito está se espalhando para grandes empresas, afirmou o jornal. Por enquanto, apenas o índice FTSE MID, da Bolsa de Milão, opera com ligeira baixa.

Mas a preocupação com os efeitos da valorização do dólar sobre as economias de países emergentes tem tudo para desencadear um ação coordenada de proteção às moedas desses países.

Nesta terça-feira, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, deverá falar sobre o assunto com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e procurar depois autoridades da Índia e da África do Sul. Na segunda-feira, 24, Dilma conversou com o presidente da China, Xi Jinping.

A articulação se relaciona às indicações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, de que a instituição poderá reduzir a compra de ativos no mercado nos próximos meses. Essa sinalização, na semana passada, acelerou um movimento global de realocação de portfólio pelos investidores, reduzindo a liquidez em mercados emergentes e desvalorizando suas moedas contra o dólar, movimento que afeta o real.

Para se ter uma ideia, em junho o dólar acumula uma alta de 3,59% ante o real e, em 30 dias, +8,49%. A moeda norte-americana também contabiliza ganho ante o rublo russo, de 2,67% e 4,65%, respectivamente.

Ante o rand da África do Sul, a moeda norte-americana cai 0,92% em junho, mas subiu 4,08% em 30 dias. Já em relação ao yuan chinês, o dólar subiu apenas +0,09% em junho e +0,20% em 30 dias, uma vez que o câmbio na China é controlado pelo governo.

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