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Dólar fecha em máxima desde maio com temor sobre saída de Paulo Guedes

Mercado repercute possível saída de Paulo Guedes e substituição por presidente do Banco Central

Dólar: na última sessão, na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1,12%, a 5,4274 reais na venda (Gary Cameron/Reuters)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 17 de agosto de 2020 às 17h00.

Última atualização em 17 de agosto de 2020 às 17h38.

O dólar fechou em alta nesta segunda-feira, 17, repercutindo uma possível saída do ministro da Economia, Paulo Gudes, do governo. Embora parte do mercado ainda veja a chance como remota, os rumores vêm aumentando com a aproximação do presidente Jair Bolsonaro com a denominada ala dos "fura-teto".

O dólar comercial subiu 1,3% e encerrou sendo vendido por 5,496 reais. Esse foi o valor mais alto de fechamento desde 22 de maio, quando a moeda terminou o pregão cotada a 5,574 reais. Com variação semelhante, o dólar turismo fechou cotado a 5,81 reais.

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Com a aprovação em alta, Jair Bolsonaro irá percorrer 11 estados do norte e nordeste junto com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, considerado o líder da ala. Na semana passada, o presidente também afirmou que a "ideia de furar o teto existe", menos de 48 horas após afirmar, junto aos presidentes da Câmara e do Senado, o compromisso de manter os gastos públicos abaixo do teto.

O nome do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já vem sendo sondado para assumir o cargo, caso Guedes saía do governo.

Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti vê em Paulo Guedes um “pilar do governo” e sua saída como prejudicial para o mercado, embora considere Campos Neto um bom nome. “O presidente do BC tem credibilidade forte no mercado financeiro. Se ele entrar, terá que fazer o que o Guedes tentou e não conseguiu”, disse.

Para Tulio Portella, diretor comercial da B&T, a saída de Guedes é negativa, mesmo se o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, assumir o ministério. “Caso isso ocorra, será bem impactante para a continuidade do plano econômico do governo, mas o mercado ainda não assimilou esse [possível] cenário de caos.”

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