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Dólar abre em alta, seguindo piora do humor no exterior

O mercado está atento à reunião dos Brics, em Durban, na África do Sul, onde está a presidente Dilma Rousseff

Às 9h26, o dólar à vista no balcão sobe 0,25%, a R$ 2,022, na mínima. O dólar futuro para abril subia 0,15%, a R$ 2,0215 (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 10h15.

São Paulo - O Chipre e os sinais de fraqueza na zona do euro minam a disposição por risco dos investidores, dando combustível para o dólar subir ante o euro e as moedas ligadas a commodities.

A Itália também traz temores, diante do impasse no cenário político e do aumento do custo observado em leilão de títulos. A moeda norte-americana, que registrou ontem ganhos ante o real no fechamento, deve prosseguir sua trajetória de alta, acompanhando o humor no exterior.

O mercado está atento, ainda, à reunião dos Brics, em Durban, na África do Sul, onde estão a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Às 9h26, o dólar à vista no balcão sobe 0,25%, a R$ 2,022, na mínima. O dólar futuro para abril subia 0,15%, a R$ 2,0215.

Ontem, a alta da moeda americana foi impulsionada pelo ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, que disse que a flutuação do câmbio é muito pequena para causar alguma mudança no índice inflacionário, o que levou o dólar à vista a fechar em R$ 2,017 (+0,20%) no balcão.

No mercado futuro, o contrato da moeda que vence em 1º de abril de 2013 terminou a R$ 2,0185 (+0,20%).

Na Europa, o Índice de Sentimento Econômico da zona do euro caiu para 90,0 em março, de 91,1 em fevereiro, na primeira queda desde outubro do ano passado, e ligeiramente pior do que a expectativa de economistas de queda para 90,5. A percepção sobre a economia do bloco único piorou mais na França, Alemanha e Espanha.

Aliás, na França, a segunda maior economia da zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 0,3% no quarto trimestre do ano passado, em relação ao trimestre anterior, mas veio dentro do esperado.


Na Itália, o governo vendeu um total de 6,91 bilhões de euros em bônus em um leilão nesta manhã, pagando o custo mais alto desde outubro do ano passado sobre os papéis de cinco anos. No front político, fracassou a tentativa do líder do Partido Democrático da Itália, Pier Luigi Bersani, de formar uma aliança de governo.

E o Chipre segue sem certezas em relação ao seu futuro, colocando em xeque também o futuro da zona do euro.

O ministro das Finanças de Chipre, Michalis Sarris, disse que os maiores correntistas do Banco Popular de Chipre, ou Laiki Bank, o maior do país, poderão sofrer perdas de até 80% de seus depósitos com o fechamento do banco. Se haverá corrida para saques de dinheiro, só se saberá amanhã, com a reabertura das instituições.

Autoridades europeias continuam tentando consertar o estrago causado pelas declarações feitas pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que disse no início da semana que o resgate do Chipre serviria de modelo para lidar com crises no futuro.


Em documento, o Grupo de Trabalho do Eurogrupo afirma que o Chipre não é um "modelo" sobre como lidar com crises futuras. O próprio Dijsselbloem voltou atrás e disse ontem que a ilha não representa modelo para futuros resgates. Em seu blog, o Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman foi categórico: "O Chipre deve deixar o euro. Agora."

No Brasil, o IGP-M desacelerou para 0,21% em março, de alta de 0,29% em fevereiro, mas isso não deve mexer com o mercado de câmbio. O resultado ficou abaixo da mediana prevista pelas casas ouvidas pelo AE Projeções, de +0,30%, mas dentro do intervalo previsto de +0,16% a +0,40%. Na agenda doméstica de hoje, está previsto o resultado primário do Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) referente a fevereiro.

Perto das 9 horas, o euro caía a US$ 1,2766, de US$ 1,2861 no fim da tarde de ontem. O dólar caía a 94,16, de 94,45 ienes no fim da tarde de ontem. O Dollar Index (DXY) subia 0,40%, a 83,216.

O dólar caía em relação às moedas ligadas a commodities, com exceção da rupia indiana: dólar canadense (+0,31%); dólar neozelandês (+0,46%); dólar australiano (+0,48%); lira turca (+0,40%); rand sul-africano (+0,69%); rupia indiana (-0,08%); rublo russo (+0,25%).

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São Paulo - O Chipre e os sinais de fraqueza na zona do euro minam a disposição por risco dos investidores, dando combustível para o dólar subir ante o euro e as moedas ligadas a commodities.

A Itália também traz temores, diante do impasse no cenário político e do aumento do custo observado em leilão de títulos. A moeda norte-americana, que registrou ontem ganhos ante o real no fechamento, deve prosseguir sua trajetória de alta, acompanhando o humor no exterior.

O mercado está atento, ainda, à reunião dos Brics, em Durban, na África do Sul, onde estão a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Às 9h26, o dólar à vista no balcão sobe 0,25%, a R$ 2,022, na mínima. O dólar futuro para abril subia 0,15%, a R$ 2,0215.

Ontem, a alta da moeda americana foi impulsionada pelo ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, que disse que a flutuação do câmbio é muito pequena para causar alguma mudança no índice inflacionário, o que levou o dólar à vista a fechar em R$ 2,017 (+0,20%) no balcão.

No mercado futuro, o contrato da moeda que vence em 1º de abril de 2013 terminou a R$ 2,0185 (+0,20%).

Na Europa, o Índice de Sentimento Econômico da zona do euro caiu para 90,0 em março, de 91,1 em fevereiro, na primeira queda desde outubro do ano passado, e ligeiramente pior do que a expectativa de economistas de queda para 90,5. A percepção sobre a economia do bloco único piorou mais na França, Alemanha e Espanha.

Aliás, na França, a segunda maior economia da zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 0,3% no quarto trimestre do ano passado, em relação ao trimestre anterior, mas veio dentro do esperado.


Na Itália, o governo vendeu um total de 6,91 bilhões de euros em bônus em um leilão nesta manhã, pagando o custo mais alto desde outubro do ano passado sobre os papéis de cinco anos. No front político, fracassou a tentativa do líder do Partido Democrático da Itália, Pier Luigi Bersani, de formar uma aliança de governo.

E o Chipre segue sem certezas em relação ao seu futuro, colocando em xeque também o futuro da zona do euro.

O ministro das Finanças de Chipre, Michalis Sarris, disse que os maiores correntistas do Banco Popular de Chipre, ou Laiki Bank, o maior do país, poderão sofrer perdas de até 80% de seus depósitos com o fechamento do banco. Se haverá corrida para saques de dinheiro, só se saberá amanhã, com a reabertura das instituições.

Autoridades europeias continuam tentando consertar o estrago causado pelas declarações feitas pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que disse no início da semana que o resgate do Chipre serviria de modelo para lidar com crises no futuro.


Em documento, o Grupo de Trabalho do Eurogrupo afirma que o Chipre não é um "modelo" sobre como lidar com crises futuras. O próprio Dijsselbloem voltou atrás e disse ontem que a ilha não representa modelo para futuros resgates. Em seu blog, o Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman foi categórico: "O Chipre deve deixar o euro. Agora."

No Brasil, o IGP-M desacelerou para 0,21% em março, de alta de 0,29% em fevereiro, mas isso não deve mexer com o mercado de câmbio. O resultado ficou abaixo da mediana prevista pelas casas ouvidas pelo AE Projeções, de +0,30%, mas dentro do intervalo previsto de +0,16% a +0,40%. Na agenda doméstica de hoje, está previsto o resultado primário do Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) referente a fevereiro.

Perto das 9 horas, o euro caía a US$ 1,2766, de US$ 1,2861 no fim da tarde de ontem. O dólar caía a 94,16, de 94,45 ienes no fim da tarde de ontem. O Dollar Index (DXY) subia 0,40%, a 83,216.

O dólar caía em relação às moedas ligadas a commodities, com exceção da rupia indiana: dólar canadense (+0,31%); dólar neozelandês (+0,46%); dólar australiano (+0,48%); lira turca (+0,40%); rand sul-africano (+0,69%); rupia indiana (-0,08%); rublo russo (+0,25%).

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