São Paulo - O mercado de câmbio pode voltar a testar a tolerância do Banco Central em relação ao nível de alta do dólar nesta sexta-feira, já que na quinta-feira mesmo a autoridade monetária não atuou com leilão de swap cambial, mesmo após a moeda romper os R$ 2,00.

Na abertura dos negócios à vista, porém, o dólar oscilava perto da estabilidade, sem rumo definido. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostrou-se tranquilo com o movimento do câmbio, na véspera, e comentou: "O dólar é flutuante".

Às 9h03, o dólar futuro para abril caía 0,07%, a R$ 2,0095. Às 9h13, a moeda à vista no balcão caía 0,05%, a R$ 2,006, depois de abrir em alta.

"Podemos esperar um dia volátil. O dólar deve abrir perto da cotação de ontem, mas a pressão é para cima, diante da expectativa de entrada do BC no mercado com leilão de swap", comentou hum operador de tesouraria de um banco em São Paulo.

No exterior, o dólar perde em relação ao euro e ao iene e segue em direções distintas ante as moedas correlacionadas a commodities, em meio a preocupações com o Chipre.

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O radar do investidor estará atento a uma possível solução hoje ou no fim de semana para evitar a quebra dos bancos do país.

No Brasil, o mercado digere o resultado do IPCA-15 e aguarda pelas declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que participa de palestra e almoço, a partir das 12h30, em evento promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo.

O IPCA-15 subiu 0,49% em março, após alta de 0,68% em fevereiro, ficando dentro do intervalo das estimativas, que variavam de inflação entre 0,43% e 0,63%, mas abaixo da mediana projetada, de 0,54%.

Na Europa, às 8h44, o euro subia de a US$ 1,2960, de US$ 1,2897 no fim da tarde de quinta-feira. O dólar cai a 94,87 ienes, de 94,91 ienes na véspera.

O dólar estava perto da estabilidade em relação às moedas correlacionadas a commodities: dólar canadense (-0,03%); dólar neozelandês (+0,02%); dólar australiano (+0,13%); lira turca (-0,03%); rupia indiana (+0,09%).