Disparada na semana: Confira as ações que mais aceleraram
Ibovespa registra a maior sequência de altas desde agosto de 2013
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2015 às 18h07.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h29.
São Paulo - A semana foi agitada na BM&FBovespa , com grande parte das empresas acelerando nos ganhos. Das 64 ações que compõe o Ibovespa , principal índice da bolsa brasileira, 50 terminam a semana no "azul". O Ibovespa já acumula nove pregões consecutivos em alta. O índice subiu 12,2% e tem a maior sequência de ganhos desde agosto de 2013. Confira a seguir as ações que pegaram carona no ânimo do mercado e dispararam (e algumas poucas que se perderam pelo caminho).
As ações da CSN (CSNA3) subiram 42% na semana, batendo o recorde de alta entre os papéis do Ibovespa. Até semana passada, as ações da companhia acumulavam uma perda de 33% no ano. Mas com a disparada dos últimos dias, a siderúrgica virou o jogo e agora, no ano, os papéis sobem 4%. A alta é impulsionada pela recuperação dos preços das commodities e também pela informação de que existe grande interesse de investidores estrangeiros pelo Terminal de Contêineres (Tecon), em Sepetiba. A venda desse ativo pode levantar 1 bilhão de reais para o caixa da CSN até o fim deste ano, o que ajudaria a abater dívidas da empresa.
Na segunda-feira, a Petrobras anunciou um corte de investimentos de 20% para 2015 e 2016. A previsão é investir cerca de US$ 25 bilhões neste ano - um corte de 11% em relação ao Plano de Negócios e Gestão divulgado em junho. Para 2016, o corte chega a 30%, de US$ 27 bilhões para US$ 19 bilhões. Na quinta-feira à noite a empresa divulgou informações complementares sobre os ajustes, dados que o mercado questionava. A projeção para cotação do petróleo tipo Brent, em 2015, passou de US$ 60 o barril para US$ 54. Para 2016, a previsão anterior era de US$ 70, e passou para US$ 55. Para o câmbio, a Petrobras mudou seu parâmetro para 2015 de R$ 3,10 para R$ 3,28. Para 2016, a projeção mudou de R$ 3,26 para R$ 3,80.
Na semana os papéis ordinários (PETR3) da companhia subiram 16,8% e os preferenciais (PETR4) 12,7%.
Na semana os papéis ordinários (PETR3) da companhia subiram 16,8% e os preferenciais (PETR4) 12,7%.
A Vale também teve uma semana positiva. As ações ordinárias da (VALE3) registraram ganhos de 16,6% e as preferenciais (VALE5) subiram 12,4%. Parte da alta é impulsionada pelos papéis das mineradoras no exterior. As ações da Glencore subiram 8% após a empresa anunciar a redução de sua produção de zinco em um terço. No radar da companhia também está a notícia de que a produtora de alumínio norueguesa Norsk Hydro assinou carta de intenção para comprar da Vale uma fatia de 40% da Mineração Rio do Norte (MRN), líder na produção de bauxita no Brasil. A Norsk Hydro atualmente tem cerca de 5% da MRN.
As ações da Alpagartas (ALPA3 e ALPA4) também registraram ganhos de 23% com a notícia de que a construtora Camargo Corrêa pretende vender sua participação da companhia. Os fundos Carlyle e KKR estariam em processo competitivo para ver quem fica com os 44% da Alpagartas que são detidos pela Camargo Corrêa.
As ações do setor de educação também estão entre as disparadas da semana. A maior alta é das ações da Anima (ANIM3), que subiam 33,7% no acumulado da semana. Na segunda-feira, a empresa divulgou dados operacionais, mas, segundo analistas isso não explicaria a alta dos papéis, já que os dados foram considerados ruins. Os papéis da Kroton (KROT3) subiram 15,5% e os da Estácio (ESTC3) tiveram ganhos 6,7%.
A Oi teve uma semana de forte alta. Até ontem, os papéis preferencias (OIBR4) da empresa acumulavam ganhos de 22,9%. Mas, nesta sexta-feira estas ações caíram 23,3%. A alta da semana se iniciou com a notícia divulgada no fim da última semana de que 66,8% de seus papéis preferenciais seriam convertidos em ordinários. De acordo com o banco Itaú BBA a medida transfere liquidez as ações ordinárias da companhia e implica em uma melhor governança. As ações da companhia também subiram com as notícias veiculadas pelo jornal Valor Econômico de que TIM e Oi estariam negociando uma fusão. Por meio da fusão, coordenada pelo banco BTG Pactual, a Oi receberia cerca de 10 bilhões de reais e a Telecom Italia consolidaria o balanço da operação no Brasil. Em comunicados, ambas as companhias negaram a discussão sobre a fusão. A Oi informou que o BTG Pactual foi contratado para avaliar alternativas de consolidação no setor brasileiro e por isso tem mantido conversas com terceiros, mas até agora não tem qualquer proposta concreta sobre uma operação.
Na última quinta-feira (08), a construtora PDG anunciou o grupamento de ações da empresa na proporção de 50 para cada 1. A medida foi tomada para atender a solicitação da BMF&Bovespa para dar fim as “Penny Stocks”. Com o grupamento, as ações que eram cotadas a 6 centavos até quinta-feira, abriram o pregão da sexta-feira (09) valendo 3 reais. Mas não demorou muito e os papéis voltaram a cair. Terminaram o pregão com uma queda de 6% cotados a 2,82 reais.
Para as exportadoras a semana não foi agradável. Com a queda da moeda norte-americana veio a queda das ações. As que mais registraram perdas foram: Suzano (SUZB5) -11%, JBS (JBSS3) -10%, BRF (BRFS3) -6%, Fibria (FIBR3) -5% e Marfrig (MRFG3) -2%.
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