Mercados

Disney abandona Netflix e leva ações para baixo

Disney irá parar de fornecer novos filmes para a Netflix e lançar seu próprio serviço de transmissão

Tristeza: novos filmes não estarão disponíveis na Netflix (Walt Disney/Divulgação)

Tristeza: novos filmes não estarão disponíveis na Netflix (Walt Disney/Divulgação)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 12h16.

Última atualização em 9 de agosto de 2017 às 15h27.

São Paulo -- As ações da Walt Disney e da Netflix caem nesta quarta-feira, depois que a Disney informou que irá parar de fornecer novos filmes para a Netflix, a partir de 2019, e lançar seu próprio serviço de streaming. 

O plano da Disney é lançar, em 2019, um serviço de transmissão de entretenimento. Antes disso, a companhia irá lançar uma plataforma específica para a ESPN.

No dia, os papéis da Disney chegaram a recuar mais de 5%, cotados na casa dos 101 dólares, enquanto os da Netflix caíam 2,5%, a 174 dólares.

“Essa aquisição e o lançamento de nossos serviços direto para os consumidores marcam uma estratégia de crescimento totalmente nova para a empresa”, afirmou o presidente-executivo da Walt Disney, Robert Iger.

O movimento da Disney representa uma aposta que, a longo prazo, será mais lucrativa para a companhia vender seu conteúdo de entretenimento, que inclui algumas das histórias e personagens mais valiosas de Hollywood.

Nos últimos anos, a companhia dominou a indústria cinematográfica, devido à franquia Star Wars e a filmes dos estúdios Pixar e Marvel.

O novo serviço da marca Disney irá exibir filmes lançados pela companhia a partir de 2019, incluindo “Toy Story 4” e “Frozen 2”. O serviço de streaming seria oferecido primeiro nos EUA antes de uma expansão internacional.

Eventualmente, indicou, os títulos mais antigos da Disney serão adicionados ao serviço. O preço não foi determinado e ele deixou aberta a possibilidade de serviços separados para o conteúdo Star Wars e Marvel.

Em nota, a Netflix afirmou que os assinantes da empresa nos Estados Unidos terão acesso aos filmes da Disney no serviço até o final de 2019, incluindo todos os novos filmes que estrearão nos cinemas até o final de 2018.

"Continuamos a fazer negócios com a Walt Disney Company globalmente em muitas frentes, incluindo o nosso relacionamento com a Marvel TV, em andamento."

Queda no lucro

Ontem, a Disney também informou aos seus acionistas os resultados financeiros referentes ao segundo trimestre do ano.

De abril a junho, a companhia lucrou 2,37 bilhões de reais -- quase 9% menos que no mesmo período de 2016. A receita no período foi de 14,25 bilhões de reais, abaixo do esperado por analistas, de 14,46 bilhões de reais.

 

Acompanhe tudo sobre:AçõesDisney

Mais de Mercados

"Não faz sentido correr risco com esse nível de juros", diz maior fundo de pensão do Nordeste

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Mais na Exame