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DIs longos caem, mas taxas curtas sobem

No mercado de juros futuros, segue o movimento de correção da devolução de prêmios


	Bovespa: o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,74%, na mínima
 (Bloomberg News/Paulo Fidman)

Bovespa: o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,74%, na mínima (Bloomberg News/Paulo Fidman)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 12h02.

São Paulo - No mercado de juros futuros, segue o movimento de correção da devolução de prêmios observada na última sexta-feira, o que embute um viés de alta nas taxas mais curtas. Já as pontas mais longas são influenciadas pela queda do dólar e dos juros dos Treasuries em Nova York, com os investidores em busca de proteção.

A postura defensiva dá o tom aos negócios aqui e no exterior, diante da escalada das tensões geopolíticas no leste ucraniano e no Oriente Médio no fim de semana.

Na Faixa de Gaza, a ofensiva israelense resultou no dia mais violento desde o início da operação terrestre contra o território palestino, ao passo que na Ucrânia, líderes europeus pediram mais sanções contra a Rússia, dizendo que Moscou não tem feito o suficiente para resolver o conflito com Kiev.

Rebeldes separatistas pró-Rússia são acusados de estarem restringindo o movimento das equipes de resgate no local da queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, na semana passada.

O ajuste das taxas mais curtas para cima, no entanto, é estimulado por declarações de uma fonte do governo ao Broadcast, que afirmou que não se justifica a mudança radical de uma parcela expressiva dos agentes financeiros na interpretação do comunicado do Banco Central.

"Olhando os dados de inflação e o relatório de junho, não consigo identificar elementos que levem a se mudar a interpretação de um mesmo comunicado", disse a fonte ao jornalista Fernando Dantas, em coluna publicada na sexta-feira, referindo-se às mensagens idênticas divulgadas pelo Copom após as reuniões de maio e de julho.

Há pouco, na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,74%, na mínima, de 10,73% no ajuste da última sexta-feira; o DI para janeiro de 2016 projetava taxa de 10,97%, também na mínima, de 10,94% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 estava com taxa de 11,20%, mesma taxa do final da semana passada; e o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,56%, de 11,61% após ajuste da última sessão.

Em Nova York, o juro da T-Note de dois anos sobe a 0,488%, enquanto o da T-Note de dez anos recua a 2,477%.

Na Europa, a Bolsa de Moscou cai pelo sexto dia consecutivo, em linha com as principais praças europeias. Em Wall Street, os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma sessão no campo negativo, em meio a uma agenda econômica do dia mais fraca.

Voltando ao mercado doméstico, as projeções do mercado na Pesquisa Focus, do Banco Central, indicam um quadro negativo para a atividade econômica, com aceleração da queda da produção industrial em 2014 de -0,90% para -1,15%; recuo da taxa de câmbio no fim de 2014 para R$ 2,35, de R$ 2,39 na semana anterior; redução no superávit comercial do ano para US$ 2 bilhões, de US$ 2,01 bilhões anteriormente; aumento do déficit em Conta Corrente no ano de US$ 80,75 bilhões para US$ 81,50 bilhões; e elevação da relação dívida/PIB em 2014 de 34,80% para 34,85%.

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