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DIs fecham em leve alta com ata do Copom

Os contratos mais longos subiram, recebendo apoio dos juros dos Treasuries e do leilão de títulos prefixados do Tesouro

Bovespa: o DI para janeiro de 2015 (171.500 contratos) projetava 11,08%, de 11,06% na sexta-feira (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 17h16.

São Paulo - Os contratos de juros futuros com vencimento mais curto terminaram perto da estabilidade, mas com viés de alta, após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) deixar a porta aberta para pelo menos mais um aumento de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic.

Os contratos mais longos também subiram, recebendo apoio dos juros dos Treasuries e do leilão de títulos prefixados do Tesouro.

A ata da reunião de fevereiro do Copom ajudou a manter as apostas de que a Selic pode subir mais 0,25 ponto em abril, ainda que o encerramento do ciclo também não esteja descartado. Com isso, as taxas de juros com vencimento mais curto operaram com viés de alta, mas próximas da estabilidade.

Do lado mais "dovish" do documento, no parágrafo 31, o comitê diz que os efeitos da política monetária são "cumulativos", dando a entender que o processo de ajuste feito até agora ainda terá impacto sobre os preços.

Além disso, ao mesmo tempo em que o Copom destaca, no parágrafo 20, que há pressões recentes nas commodities, afirma que "as perspectivas indicam moderação na dinâmica dos preços" nos mercados internacionais.

Pelo lado mais "hawkish", o BC manteve "quase integralmente" o trecho em que diz entender ser apropriada a continuidade do ajuste das condições monetárias ora em curso. Além disso, o Copom manteve a preocupação com a resistência da inflação em patamar alto. Por fim, no parágrafo 19, o BC manteve o termo "especialmente vigilante" para se referir à condução da política monetária.

Na ponta mais longa da curva, as taxas subiram com um leilão robusto de títulos do Tesouro Nacional. A recuperação do dólar e alta dos juros dos Treasuries nos EUA também deram suporte para esses contratos.

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2014 (133.240 contratos) tinha taxa de 10,79%, na máxima, de 10,77% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2015 (171.500 contratos) projetava 11,08%, de 11,06% na sexta-feira. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (382.585 contratos) indicava 12,37%, de 12,28%. O DI para janeiro de 2021 (81.645 contratos) estava em 12,80%, de 12,72% no ajuste anterior.

Entre os dados divulgados hoje estavam o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) e o Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br). Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação medida pelo IPC-S caiu para 0,66% em fevereiro ante 0,99% em janeiro. O indicador acumula alta de 1,65% no ano e 5,95% em 12 meses.

Em um comunicado separado, o Banco Central disse que a inflação do segmento de commodities medida pelo IC-Br ficou em 4,27% no mês passado na comparação com janeiro. O índice passou de 143,73 pontos em janeiro para 149,87 pontos em fevereiro. Nos últimos três meses, a alta foi de 8,41%.

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Os contratos mais longos também subiram, recebendo apoio dos juros dos Treasuries e do leilão de títulos prefixados do Tesouro.

A ata da reunião de fevereiro do Copom ajudou a manter as apostas de que a Selic pode subir mais 0,25 ponto em abril, ainda que o encerramento do ciclo também não esteja descartado. Com isso, as taxas de juros com vencimento mais curto operaram com viés de alta, mas próximas da estabilidade.

Do lado mais "dovish" do documento, no parágrafo 31, o comitê diz que os efeitos da política monetária são "cumulativos", dando a entender que o processo de ajuste feito até agora ainda terá impacto sobre os preços.

Além disso, ao mesmo tempo em que o Copom destaca, no parágrafo 20, que há pressões recentes nas commodities, afirma que "as perspectivas indicam moderação na dinâmica dos preços" nos mercados internacionais.

Pelo lado mais "hawkish", o BC manteve "quase integralmente" o trecho em que diz entender ser apropriada a continuidade do ajuste das condições monetárias ora em curso. Além disso, o Copom manteve a preocupação com a resistência da inflação em patamar alto. Por fim, no parágrafo 19, o BC manteve o termo "especialmente vigilante" para se referir à condução da política monetária.

Na ponta mais longa da curva, as taxas subiram com um leilão robusto de títulos do Tesouro Nacional. A recuperação do dólar e alta dos juros dos Treasuries nos EUA também deram suporte para esses contratos.

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2014 (133.240 contratos) tinha taxa de 10,79%, na máxima, de 10,77% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2015 (171.500 contratos) projetava 11,08%, de 11,06% na sexta-feira. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em abril de 2017 (382.585 contratos) indicava 12,37%, de 12,28%. O DI para janeiro de 2021 (81.645 contratos) estava em 12,80%, de 12,72% no ajuste anterior.

Entre os dados divulgados hoje estavam o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) e o Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br). Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação medida pelo IPC-S caiu para 0,66% em fevereiro ante 0,99% em janeiro. O indicador acumula alta de 1,65% no ano e 5,95% em 12 meses.

Em um comunicado separado, o Banco Central disse que a inflação do segmento de commodities medida pelo IC-Br ficou em 4,27% no mês passado na comparação com janeiro. O índice passou de 143,73 pontos em janeiro para 149,87 pontos em fevereiro. Nos últimos três meses, a alta foi de 8,41%.

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