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Em dia volátil, Bovespa sobe 0,26% ajudada por Vale

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão extremamente volátil nesta quinta-feira, a despeito de as Bolsas norte-americanas operarem em alta. O volume mais fraco contribuiu para o mercado acionário doméstico - já dividido entre o otimismo em torno do reajuste do preço do minério de ferro e a […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão extremamente volátil nesta quinta-feira, a despeito de as Bolsas norte-americanas operarem em alta. O volume mais fraco contribuiu para o mercado acionário doméstico - já dividido entre o otimismo em torno do reajuste do preço do minério de ferro e a cautela decorrente das dúvidas com os problemas da Grécia - ficar à deriva.

O índice Bovespa (Ibovespa) terminou a quinta-feira em alta de 0,26%, aos 67.814,71 pontos. Na mínima, registrou 66.924 pontos (-1,06%) e, na máxima, os 68.198 pontos (+0,82%). No mês, a Bolsa sobe 1,97% e, no ano, cai 1,13%. O giro financeiro foi menor que o de ontem e somou R$ 5,561 bilhões. Os dados são preliminares.

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Os sinais emitidos hoje pelo mercado externo foram contraditórios e, nesse game, a Bovespa acabou sofrendo principalmente porque o giro foi menor, o que significa dizer que as operações são amplificadas e têm maior poder para conduzir o índice. Embora Nova York tenha subido o dia todo, a Bovespa foi penalizada pelo recuo das commodities (matérias-primas). À tarde, no entanto, a notícia de que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou a concessão de 25% de bloco de exploração de petróleo da Petrobras para Vale estimulou os papéis das duas empresas e fez o Ibovespa voltar a trabalhar em alta.

Ao longo do dia, as ações da mineradora já foram destaque de resistência, não em razão dos metais, que caíram, mas por causa do noticiário em torno do reajuste do minério de ferro. Os porcentuais que surgem são robustos e chegam a 80%. Vale subiu 1,39% na ação ordinária (ON) e 1,46% na preferencial da classe A (PNA).

Petrobras fechou sem uniformidade. A ação ON perdeu 0,56% e a PN subiu 0,14%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para abril recuou 0,82%, a US$ 80,21 o barril. Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou o uso de recursos do FGTS na capitalização da estatal, mas apenas para os cotistas que já são acionistas da empresa, no limite de 30% do saldo que possuem atualmente no fundo. A proposta poderá ser modificada quando for votada no Senado. A Caixa informou nesta tarde que o impacto no FGTS deve ser de até R$ 1 bilhão.

Os pedidos de auxílio-desemprego na semana passada nos Estados Unidos amplificaram os dados melhores do que o esperado da ADP, ontem, mesmo o governo já tendo alertado que os números do "payroll" (relatório de vagas), amanhã, não devem ser bons por causa da nevasca que atingiu o país neste inverno rigoroso. De posse desses números, os investidores relativizaram outros dados, bem piores, para irem às compras. O Dow Jones terminou o dia em alta de 0,46%, aos 10.444,14 pontos, o S&P avançou 0,37%, aos 1.122,97 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,51%, aos 2.292,31 pontos. Esse desempenho também se sobrepôs os temores com a Grécia, que, apesar de ter anunciado um pacote mais ousado de arrocho fiscal ontem, ainda tem futuro incerto.

As maiores altas do Ibovespa foram CCR ON (+3,57%), Eletrobrás PNB (+2,84%) e MMX ON (+2,31%). As maiores quedas foram Pão de Açúcar PNA (-3,31%), Cosan ON (-2,87%) e Cesp PNB (-2,74%).

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