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Depois de Madoff, UE lança regras mais rigorosas para fundos

Uma da mudanças chave proposta é endurecer as regras para fundos de investimentos que podem ser vendidos pela Europa, conhecidos como UCITS

Michel Barnier: "Poupanças e produtos de investimentos devem ser mais compreensíveis", disse (Georges Gobet/AFP)

Michel Barnier: "Poupanças e produtos de investimentos devem ser mais compreensíveis", disse (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 17h14.

Londres - A Comissão Europeia pediu nesta terça-feira uma maior proteção ao consumidor, propondo controles mais rígidos e mais transparência sobre investimentos e fundos de poupança.

As mudanças propostas são motivadas em parte pelo caso do norte-americano Bernard Madoff, que está cumprindo uma sentença de prisão pelo seu multibilionário esquema Ponzi, que afetou investidores nos Estados Unidos e na Europa.

"Poupanças e produtos de investimentos devem ser mais compreensíveis", disse à repórteres Michel Barnier, o Comissário Europeu a cargo da regulação financeira. "Queremos assegurar que estes produtos são seguros, que os investimentos das pessoas são seguros", disse no Parlamento Europeu em Strasbourg.

Uma da mudanças chave proposta é endurecer as regras para fundos de investimentos que podem ser vendidos pela Europa, conhecidos como UCITS.


O novo código pretende evitar uma repetição da situação que permitiu a Madoff ter a custódia dos fundos apesar de que já era responsável por investir o dinheiro. Isso permitiu que a escala de fraude não fosse identificada por um longo período de tempo.

O executivo da União Europeia quer separar estas duas funções - que o gestor de investimentos e o administrador, que é encarregado de acompanhar o trabalho do gestor e a salvaguarda dos fundos.

No futuro, apenas bancos e empresas de investimentos financeiramente sólidos, que são submetidas a supervisão, terão permissão para assumir o papel de administrador. Mesmo se eles passarem esta tarefa para outro custodiante, eles permanecem estritamente responsáveis.

A mais recente rodada de reformas é parte de um incentivo de Barnier para proteger consumidores.

A Comissão Europeia escreve a primeira versão de leis, mas os 27 países da União Europeia e o seu Parlamento terão a palavra final.

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