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Decisão do BCE, reação ao Copom, Santander, Oi e o que mais move o mercado

Investidores digerem decisões de bancos centrais; sinalizações de Powell geram otimismo no mercado

Christine Lagarde: presidente do BCE (Francois Lenoir/Reuters)

Christine Lagarde: presidente do BCE (Francois Lenoir/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 2 de fevereiro de 2023 às 07h32.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2023 às 08h07.

O mercado internacional iniciou esta quinta-feira, 2, ainda digerindo a decisão do Federal Reserve (Fed) da última tarde. Como o esperado, o Fed reduziu o ritmo de alta para 0,25 ponto percentual, levando sua taxa de juro para o intervalo entre 4,5% e 4,75%. A surpresa positiva ficou para o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed.

Powell ressaltou que ainda é cedo para comemorar vitória contra a inflação nos Estados Unidos e sinalizou que novas altas de juros estão por vir. Mas Powell também admitiu que "pela primeira vez que  o processo desinflacionário começou". Desde o pico de 2022, a inflação americana já caiu de 9,1% para 6,5% no acumulado de 12 meses.

As declarações provocaram doses de euforia no mercado americano, que virou para alta após a coletiva de Powell. Perspectiva de uma política montária mais branda nos Estados Unidos também impulsionaram a queda do dólar, que opera próximo da mínima em dez meses contra moedas desenvolvidas. O bom humor se espalha nesta quinta para mercados que já estavam fechados na última tarde, como os da Europa.

Decisão do BCE

No Velho Continente, porém, tudo ainda pode mudar, dependendo das sinalizações do do Banco Central Europeu (BCE), com decisão monetária prevista para às 10h15 (de Brasília). Por lá, onde a inflação segue ainda mais forte que a americana, a 8,5%, investidores esperam por uma elevação de juros mais dura, de 0,50 ponto percentual. Se confirmada, o ajuste levará a principal taxa de juro do bloco para 2,5%.

Mas assim como na decisão de ontem, a grande expectativa hoje, ficará por conta dos discurso. A presidente do BCE, Christine Lagarde irá conceder entrevista coletiva meia-hora após a decisão. Analistas do banco europeu ING esperam por falas duras de Lagarde. "O trabalho do BCE está longe de terminar, pois as próprias projeções apontam para uma inflação acima da meta nos próximos anos. Essas estimativas forneceram uma licença clara para o BCE aumentar a taxa de juros por algum tempo", disseram em relatório.

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Desempenho dos indicadores às 7h35 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,15%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,46%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 1,25%
  • FTSE 100 (Londres): + 0,60%
  • DAX (Frankfurt): + 1,52%
  • CAC 40 (Paris): + 0,58%
  • Hang Seng (Hong Kong)*: - 0,52%

Reação ao Copom

No Brasil, investidores devem reagir nesta quinta à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central da última noite. Como o esperado, o Copom manteve inalterada a taxa Selic em 13,75% e ressaltou os potenciais impactos dos riscos fiscais.

Segundo o comunicado, o Copom segue "avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período mais prolongado do que no cenário de referência será capaz de assegurar a convergência da inflação". O BC também enfatizou que "os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado".

Ainda que duro, já era aguardado que o Copom seguisse essa linha no comunicado -- que, por sinal, foi muito pareceido com o da última reunião de 2022. 

Santander

O Santander (SANB11) irá abrr a temporada de resultados dos grandes bancos do país nesta quinta. O resultado está previsto para esta manhã. Os números devem ajudar a balizar as projeções do mercado para o restante do setor.

Oi

Menos de dois meses após sair da recuperação judicial, a Oi (OIBR3)estaria articulando uma RJ. Segundo coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo, pediu ontem à Justiça que defira uma tutela de urgência preparatória para um novo processo de recuperação judicial. Ainda de acordo com a reportagem, a empresa estaria com dificuldades de honrar dívidas de curto prazo, chegando a citar uma de R$ 600 milhões que vence neste domingo.

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