Mercados

Dasa está barata na bolsa, mas ainda é dúvida

HSBC reduz preço-alvo às ações e ainda aguarda melhoria nos retornos


	Um dos laboratórios que pertencem a Dasa: Delboni Auriemo
 (Heudes Regis/ Veja SP)

Um dos laboratórios que pertencem a Dasa: Delboni Auriemo (Heudes Regis/ Veja SP)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 18h55.

São Paulo – Após a queda de aproximadamente 22% em 2012, as ações da Diagnósticos das Américas (DASA3) na bolsa voltaram a ficar baratas na comparação com os concorrentes na bolsa, mas ainda não são uma opção de investimento. A avaliação é do HSBC, que rebaixou o preço-alvo aos papéis da empresa de 15 reais para 13,50 e manteve a recomendação de manutenção dos ativos.

“A substituição de equipamentos de imagem causou uma redução na produção, ao passo que problemas com a integração de call centers no Rio de Janeiro causaram uma grande redução nas ligações de clientes no segundo trimestre de 2012”, apontam os analistas Luciano Campos e Caio Moscardini, que assinam a análise. Segundo eles, a empresa irá enfrentar no segundo semestre uma “combinação desafiadora de uma economia em desaceleração e a inflação ainda alta”.

O banco explica que o momento sugere a espera pela melhoria nos retornos da Dasa. Os analistas calculam que o retorno sobre o capital investido tenha caído de 19% em 2010 para 7% no final do ano passado, após a integração da MD1 Diagnósticos. O retorno diminuiu ainda mais no segundo trimestre de 2012, para 6,3%, com os investimentos em novos equipamentos e na elevação do nível de serviços com alguns problemas de execução, apontam. “Esperamos uma melhoria a partir de 2013”, projetam.

Barato?

A avaliação da ação se tornou atrativa após a forte queda dos papéis na bolsa. Essa visão, contudo, pode estar míope quando se compara o baixo retorno sobre o capital investido. O papel é negociado a um múltiplo de 8,5 vezes o valor da empresa sobre a geração de caixa (EV/EBITDA), um desconto de 6,8% para a própria média em cinco anos e descontos de 9,6% ante o Fleury (FLRY3) e de 32,5% ante a Amil (AMIL3) e Odontoprev (ODPV3).

“Com ajuste para o ROIC [retorno sobre o capital investido], crescimento e custo de capital, todos esses descontos se transformam em prêmios, sugerindo que a ação não é tão barata quanto pode parecer sem os ajustes apropriados”, ressaltam. A ação tem o pior desempenho entre as empresas do setor de saúde na bolsa brasileira, de acordo com dados da Bloomberg.
 

Acompanhe tudo sobre:Análises fundamentalistasB3Bancosbolsas-de-valoresDasaEmpresasEmpresas inglesasHSBCMercado financeiroSetor de saúde

Mais de Mercados

Ibovespa fecha em queda e encerra maior sequência de alta desde 2018

Galípolo, vendas do varejo nos EUA e Eneva (ENEV3): o que move o mercado

Atentado eleva patrimônio de Trump em R$ 6,5 bilhões

Cade abre procedimento para apurar acordo de codeshare da Azul e Gol

Mais na Exame