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CVM será mais enérgica sobre IFRS nos próximos anos

A Comissão de Valores Mobiliários vai avaliar a qualidade das informações divulgadas com o padrão internacional de contabilidade

Sobre as informações divulgadas neste ano, a CVM afirmou que a doção do IFRS foi melhor do que o esperado, sem nenhuma republicação de balanço (Marcelo Calenda/EXAME.com)

Sobre as informações divulgadas neste ano, a CVM afirmou que a doção do IFRS foi melhor do que o esperado, sem nenhuma republicação de balanço (Marcelo Calenda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 12h27.

São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deixará de ter uma postura instrutiva para atuar de maneira mais energética quanto a adoção do padrão internacional de contabilidade, o IFRS, por parte das empresas brasileiras na divulgação de informações financeiras. De acordo com o diretor da autarquia Alexsandro Broedel Lopes, há muitos pontos a serem melhorados no ano que vem.

"O resultado do primeiro ano da adoção do IFRS foi melhor que esperávamos. Não tivemos nenhuma republicação de balanço. Mas há bastante coisa para melhorar", analisou ele durante conversa com jornalistas para balanço do primeiro ano de adoção do IFRS.

Um dos pontos destacados pelo diretor da CVM está relacionado à maneira como as empresas esclarecem as informações na demonstração financeira. "Grande parte das organizações repetiu o texto da norma ao invés de explicar os fatores e os critérios utilizados", ressaltou ele.

Lopes disse que a CVM não está preocupada com o tamanho das notas explicativas, mas quanto à qualidade das informações. "Há 50 ofícios de questões relevantes de explicações relacionadas à contabilidade e que trazem conteúdo das notas explicativas", informou.

Segundo ele, a CVM estará mais atenta quanto ao reconhecimento de ativos contingentes, que não podem ser divulgados nas demonstrações contábeis, e as provisões passivas têm de ser feitas de maneira adequada. "Esses pontos não valem para a totalidade das empresas neste primeiro ano, mas em 2012 se houver um caso mais relevante, podemos exigir a republicação do balanço", explicou Lopes.

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