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CVM condena Eike; Varejo em alta…

Eike condenado A Comissão de Valores Mobiliários condenou o empresário Eike Batista nesta terça-feira a multa de 21 milhões de reais por uso de informação privilegiada na venda de ações da empresa de serviços navais OSX em 2013. O valor da multa é o dobro da perda evitada por Eike com a venda de ações. […]

EIKE BATISTA: executivo foi condenado pela CVM e deve pagar multa de 21 milhões de reais / Ueslei Marcelino/Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)

EIKE BATISTA: executivo foi condenado pela CVM e deve pagar multa de 21 milhões de reais / Ueslei Marcelino/Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2017 às 18h41.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h49.

Eike condenado

A Comissão de Valores Mobiliários condenou o empresário Eike Batista nesta terça-feira a multa de 21 milhões de reais por uso de informação privilegiada na venda de ações da empresa de serviços navais OSX em 2013. O valor da multa é o dobro da perda evitada por Eike com a venda de ações. O advogado de Eike, Dawin Corrêa, informou que vai recorrer da decisão. No julgamento, a CVM avaliou a venda de 9,9 milhões de ações da OSX por Eike no dia 19 de abril, um mês antes de a empresa divulgar o plano de negócios que provocou uma derrocada das ações na bolsa. A acusação afirma que, já sabendo que o plano seria divulgado, o empresário evitou um prejuízo de 10,5 milhões de reais — que seriam o valor das ações de Eike após a queda. No plano de negócios, a OSX reconheceu que não teria encomendas suficientes para sustentar um estaleiro que estava sendo construído no Porto do Açúcar e anunciou uma revisão das projeções futuras de crescimento. O processo da CVM foi aberto em 2013 e deu origem a uma ação criminal ainda em curso contra o empresário. A próxima audiência da ação, que corre na 3ª Vara Federal Criminal do Rio, está marcada para o dia 2 de outubro. Eike segue em prisão domiciliar após ser preso pela Operação Eficiência, acusado de pagar propina ao ex-governador Sergio Cabral.

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Varejo em alta

As vendas no varejo surpreenderam ao mostrar a maior alta para o mês de abril em nove anos. Segundo dados do IBGE, as vendas tiveram uma alta de 1% em comparação com março e 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A principal influência veio das vendas no setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que teve alta de 0,9%. A categoria tecidos, vestuário e calçados teve ganhos mensais de 3,5%. A venda de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação subiu 10,2%.

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Bolsa: +0,21%

Em mais um dia de poucas negociações, o Ibovespa subiu 0,21%. As ações da mineradora Vale tiveram mais um dia de perdas, com o recuo de 2,8% no preço do minério de ferro na China. Os papéis ordinários recuaram 1,9%; e os preferenciais, 1,8%. Com a alta do petróleo, as ações ordinárias da Petrobras subiram 0,65%; e as preferenciais, 0,23%.

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Goldfajn: faltou ousadia

Em meio às críticas quanto à velocidade da redução da taxa de juro do país, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que conduz seu trabalho de forma técnica e apartidária, independentemente da atual crise política enfrentada pelo Brasil. Goldfajn disse ainda que o Brasil não teve “oportunidade e ousadia” para reduzir a meta de inflação. “Continuo trabalhando da forma como comecei. Procuro ser o mais técnico possível. Não vou questionar se o cenário é melhor ou pior politicamente”, disse Ilan ao participar de evento em São Paulo na noite de segunda-feira.

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J&F busca MPF

O grupo J&F, controlador da empresa de alimentos JBS, acionou o Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira para solicitar a aplicação do acordo de leniência, já assinado com a instituição. A medida trata de duas cláusulas do acordo nas quais o MPF assume o compromisso de informar os órgãos sobre o conteúdo do acordo e manter diálogo com eles para proteger a manutenção dos contratos vigentes. A J&F acionou o MPF após a Petrobras anunciar a extinção antecipada do contrato de fornecimento de gás para a usina termelétrica do grupo Mário Covas. A Petrobras informou, na última quinta-feira, que adotou a medida “devido à violação de cláusula contratual que trata da legislação anticorrupção”.

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Latam vai cobrar por tudo

A companhia aérea Latam anunciou que passará a cobrar por todos os produtos oferecidos a bordo em voos domésticos — com exceção da água. Com o nome “Mercado Latam”, a iniciativa começará a ser implantada na última semana de junho e contará com um cardápio com 52 produtos. Em relação à política tarifária, a empresa vai cobrar a partir de 30 reais pela bagagem despachada em duas das quatro classes de tarifa — Promo e Light. Nas classes Plus e Top, a primeira mala despachada será gratuita. A companhia também vai cobrar, a partir de data ainda a ser definida, a reserva de assento nas classes mais baratas, Promo e Light. Segundo a companhia, as tarifas devem ficar 20% menores com a nova política de preço.

 

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