CSN faz proposta por 70% de empresa de logística por R$ 742,5 milhões
Além da aquisição estratégica da Estrela, especializada em integração rodoferroviária e operação de terminais, a siderúrgica revisa projeções de produção, investimentos e EBITDA até 2030.
Repórter Exame IN
Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 10h18.
A siderurgica CSN está fazendo uma proposta para comprar 70% da Estrela, um dos maiores operadores logísticos do país com expertise e integração rodoferroviária e operação de terminais, voltada à movimentação de grandes tonelagens. A oferta é de R$ 742,5 milhões.
A companhia é dona do grupo Tora, que presta serviços para CSN há 35 anos. "Esta aquisição estratégica tem por objetivo
promover forte crescimento das operações intermodais explorando mais intensamente a infraestrutura atual nas regiões de operação, fortalecendo a atuação da CSN no segmento de logística", diz a CSN em seu comunicado.
Pela proposta, R$ 300 milhões serão pagos na conclusão da transação e o restante do preço total será pago em 3 parcelas anuais.
Em razão da assinatura da proposta vinculante, a Estrela garantiu à CSN exclusividade na análise e negociação para a compra.
Novas projeções
A companhia também está realizando o encontro com seus investidores e de sua controlada, CSN Mineração. As duas empresas apresentaram novas projeções
Na CSN Minerçaão, a empresa passou a projetar volume de produção e compras de minérios de terceiros para um patamar entre 42 milhões a 43,5 milhões de toneladas em 2025, 43,5 milhões a 47,5 milhões de toneladas em 2026 e 2027. E 2028, serão de 50 milhões a 55 milhões de toneladas. De 55 milhões a 60 milhões de toneladas em 2029 e, no fim de 2030, de 60 milhões a 65 milhões de toneladas.
A projeção de custo C1 ficou num patamar entre US$21,5/ton e US$23,0/ton em 2025. E o capex passou de R$ 15,3
bilhões no período de 2023 a 2028 para um patamar de R$ 13,2 bilhões no período de 2025-2030, relativos à fase 1 do projeto de adição de capacidade.
Já na CSN, a projeção de capex na siderurgia foi ajustada para R$ 8 bilhões até 2028, com foco na modernização do parque industrial, e potencial de gerar R$ 2,8 bilhões de EBITDA incremental até 2030.
No segmento de cimentos, o capex de expansão aumentou para R$ 7,7 bilhões, adicionando 9 Mt/ano, com previsão de vendas de 14 Mt em 2024.
Na Transnordestina, a projeção é de gerar até R$ 3,8 bilhões de EBITDA a partir de 2027, quando as operações terão início.
O capex consolidado foi reduzido para R$ 5,3 bilhões em 2024 e entre R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões no período de 2025 a 2028, enquanto a alavancagem prevista, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA Ajustado, será mantida abaixo de 3,0x em 2025.
Por fim, o EBITDA consolidado em 2028 foi revisado para um potencial de R$ 9,3 bilhões, refletindo a maturação dos projetos em curso. Esses ajustes reforçam o compromisso com a eficiência operacional e o crescimento sustentável nas principais áreas de atuação.