Propaganda do Cruzeiro do Sul com Hebe Camargo: a ação preferencial do banco é cotada a R$ 4,10 (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2012 às 11h50.
São Paulo - A ação do Banco Cruzeiro do Sul (CZRS3) desabava 46 por cento nesta quarta-feira, quando voltou a ser negociada na bolsa paulista, após anúncio da intervenção do Banco Central na instituição no começo da semana.
Às 11h35, a ação preferencial do banco, que não está na carteira teórica do Ibovespa caía 46 por cento, a 4,10 reais, com apenas 71 mil reais de giro financeiro para 26 negócios realizados. O índice que reúne as principais ações brasileiras tinha alta de quase 2 por cento.
Nos dois primeiros pregões desta semana, a negociação das ações do Cruzeiro do Sul ficou suspensa, devido ao anúncio, na manhã de segunda-feira, de que o BC decretou intervenção no banco depois de ter identificado o comprometimento da situação econômico-financeira do banco e "grave violação de normas" pela instituição.
As falhas no balanço do banco, relacionadas à contabilização irregular na carteira de crédito, foram identificadas pelo BC entre março e abril, disse uma fonte a par do assunto.
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) foi acionado para administrar o Cruzeiro do Sul por 180 dias.
Também na segunda-feira, o diretor-executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno, afirmou a jornalistas que as ações do Cruzeiro do Sul não seriam negociadas por pelo menos dois meses na bolsa paulista.
No começo desta quarta-feira, porém, o banco enviou comunicado à Bovespa informando sobre a reabertura dos negócios com suas ações a partir desta sessão.
Na quinta e na sexta-feira da semana passada, quando surgiram as primeiras notícias sobre problemas na contabilidade do Cruzeiro do Sul, a ação do banco já havia perdido 37 por cento de seu valor.
O Cruzeiro do Sul é especializado no crédito consignado e na oferta de empréstimos de curto prazo a empresas atrelados a recebíveis.