Mesmo com avaliação do Credit Suisse, nas últimas semanas, empresas que estão na fila para abrir capital começaram a se movimentar, solicitando registro junto à CVM (Fabrice Coffrini/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 13h31.
São Paulo - O mercado de ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) não está fechado, segundo Marcelo Kayath, corresponsável pelo Credit Suisse no Brasil. Para o executivo, o setor será "difícil" e "seletivo" em 2012. "Vários IPOs não vão sair porque o mercado estará extremamente seletivo", avaliou ele, em conversa com a imprensa.
No entanto, o executivo acredita que podem ter emissões já no primeiro trimestre do ano que vem, desde que sejam empresas de setores "defensivos" e com preços "convidativos". "Não devemos ter uma quebradeira como em 2008", acrescentou Luis Stuhlberger, responsável pela área de asset do Credit.
Na opinião de José Olympio Pereira, presidente do Banco no Brasil, o número de IPOs em 2012 deve ficar próximo ao deste ano. Foram 11 ofertas, que somaram US$ 4,6 bilhões, segundo ele. "É o menor volume no mercado de IPOs desde 2008, mas é o mesmo número de ofertas de 2010", comparou. O volume de 2011, no entanto, foi inferior ao de 2010, quando os IPOs totalizaram US$ 6,4 bilhões.
Nas últimas semanas, algumas empresas que estão na fila para abrir capital começaram a se movimentar, solicitando registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De acordo com o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, há entre 40 e 45 empresas aguardando uma janela para ir à bolsa. A expectativa dele e de outros especialistas do mercado é de que boa parte dessas organizações busquem captações menores - uma oportunidade para o segmento de acesso da BM&FBovespa, o Bovespa Mais, decolar.