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Credit Suisse (C1SU34) rebaixa avaliação de ações da Petrobras (PETR3)

Em um relatório divulgado nesta segunda-feira, os analistas do banco suíço salientaram os riscos que os investidores da estatal petrolífera enfrentam no contexto atual

Petrobras (PETR3) (Paulo Whitaker/Reuters)
CC

Carlo Cauti

Publicado em 17 de outubro de 2022 às 10h30.

Última atualização em 17 de outubro de 2022 às 10h33.

O Credit Suisse (C1SU34)revisou nesta segunda-feira, 17, a avaliação das ações da Petrobras (PETR3) de outperform (desempenho acima da média do mercado) para neutro.

A avaliação do Credit Suisse é sobre as ações da empresa listadas no Brasil e dos American Depositary Receipt (ADR),ou seja os recibos das ações da Petrobras que são listados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

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O preço-alvo do ADR foi reduzido de US$ 20 para US$ 16, isso por causa de um custo de capital presumido mais elevado 21% no valor nominal.

"O segundo turno presidencial do Brasil está a apenas duas semanas (30 de outubro), mas a Petrobras está negociando perto de altas recentes. Certamente, os fundamentos da Petrobras fornecem bases sólidas para os preços atuais das ações – ou avaliações ainda mais altas. No entanto, após o forte desempenho recente das ações, achamos que a assimetria de curto prazo para a eleição não é mais favorável. Assim, rebaixamos o Petrobras para Neutro (de Outperform), pois preferimos reduzir a exposição e aguardar a etapa final da volatilidade eleitoral ir e vir", escreveram os analistas do Credit Suisse Regis Cardoso e Marcelo Gumiero no documento.

A previsão de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi reduzida em 7%, para US$ 67 bilhões para este ano, enquanto as previsões para 2023 permaneceram praticamente inalteradas.

Quais seriam os riscos para os investidores de Petrobras (PETR3)

Para os analistas, os riscos para os investidores de Petrobras seriam:

O Credit Suisse considera que a rentabilidade anual da empresa seja de 34%, um valor "em nossa opinião substancialmente superior ao que normalmente seria o retorno exigido das ações da Petrobras". Além disso, segundo o banco suíço, "esse fluxo de caixa livre provavelmente será distribuído aos acionistas como dividendos – se o resultado das eleições não mudar a direção da Petrobras".

"No entanto, a realidade é que o resultado eleitoral pode sim mudar o rumo da empresa. Preferimos esperar e ver se esse será o caso", explicaram Cardoso e Gumiero.

Segundo os analistas, as principais implicações negativas trazidas pelas eleições sobre a Petrobras são mudanças na política de preços, Capex e política de dividendos.

"Não estamos muito preocupados com a política de preços em si, mas sim com o risco de queda nos preços do petróleo", explicaram no relatório, "Não achamos que isso seja muito provável no curto prazo, mas os mercados de ações podem decidir precificar alguns dos riscos de longo prazo, principalmente se estiverem de mau humor após as eleições".

Terceiro trimestre positivo para a estatal petrolífera

Para o terceiro trimestre, os analistas do Credit Suisse esperam "novamente resultados fortes e grandes dividendos " por parte da Petrobras, já que as cotações do Petróleo tipo Brent atingiram a média de US$ 98 por barril no trimestre.

"De fato, acreditamos que a Petrobras poderia anunciar dividendos de US$ 6 bilhões a US$ 9 bilhões (rendimento de 7-10%) no 3T22", concluíram os analistas do Credit Suisse.

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