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Cotistas de FDIC do Cruzeiro votam por antecipar pagamento

Investidores aprovaram a amortização antecipada de R$ 164 milhões de cotas sêniores do fundo por regime de caixa

O fundo vence em 2025, de acordo com o seu regulamento (Reuters/Ricardo Moraes)

O fundo vence em 2025, de acordo com o seu regulamento (Reuters/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 18h18.

São Paulo - Cotistas de um dos fundos do Banco Cruzeiro do Sul SA aprovaram em assembléia hoje a antecipação de pagamentos das cotas sêniores depois que o banco de crédito consignado teve o controle tomado pelo Banco Central em meio a “grave” violações de normas.

Investidores no Fundo de Investimento em Direitos Creditórios BCSUL Verax Consignado II aprovaram a amortização antecipada de R$ 164 milhões de cotas sêniores do fundo por regime de caixa, segundo Mauro Sergio de Oliveira, sócio-diretor da Oliveira Trust, que administra o FDIC. O fundo vence em 2025, de acordo com o seu regulamento.

Os investidores devem receber os pagamentos em um período de 12 a 15 meses, segundo Oliveira.
“Havia uma preocupação quanto ao recebimento desses investimentos”, disse Oliveira em entrevista hoje no Rio de Janeiro.

O Banco Central em 4 de junho disse que encontrou “insubsistência em itens do ativo”. O BC assumiu o controle do banco e o colocou sob administração do Fundo Garantidor de Crédito por aproximadamente 180 dias.

Durante o regime especial, o FGC vai assumir todas as obrigações do Cruzeiro do Sul e buscará um comprador para o banco, disse Antonio Carlos Bueno, diretor do fundo garantidor, a repórteres quando a intervenção foi anunciada.

O fundo, que investe parte de seu capital em empréstimos concedidos pelo Cruzeiro, tem um patrimônio de R$ 332 milhões e deve R$ 168 milhões a investidores que detém cotas subordinadas. O banco Cruzeiro do Sul é o único investidor subordinado, segundo comunicados enviados à Comissão de Valores Mobiliários.

O banco sofreu intervenção porque não tinha documentação necessária para uma de suas carteiras de empréstimos, no valor de R$ 1,3 bilhão, disse Bueno em 4 de junho.

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