Mercados

Corte de dividendos da Vale mostra opção por capital forte

Em 30 de junho de 2015, a Vale reportava dívida total ajustada de US$ 33 bilhões e caixa e aplicações financeiras de US$ 3,3 bilhões, lembrou a agência Fitch


	Sede da Vale: em comunicado, a Fitch destacou que a medida reforça a política de flexibilidade financeira da mineradora e vai contra as recentes decisões da Rio Tinto e da BHP de continuar aumentando ou ao menos manter os níveis de dividendos
 (Divulgação/Vale)

Sede da Vale: em comunicado, a Fitch destacou que a medida reforça a política de flexibilidade financeira da mineradora e vai contra as recentes decisões da Rio Tinto e da BHP de continuar aumentando ou ao menos manter os níveis de dividendos (Divulgação/Vale)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 17h30.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch Ratings avaliou que a decisão da Vale de cortar pela metade o valor dos dividendos referentes à segunda parcela do ano reforça "o compromisso da companhia com uma estrutura de capital forte neste período de grandes investimentos e fracos preços do minério de ferro".

Em comunicado, a Fitch destacou que a medida reforça a política de flexibilidade financeira da mineradora e vai contra as recentes decisões da Rio Tinto e da BHP de continuar aumentando ou ao menos manter os níveis de dividendos.

"A Fitch acredita que a proposta será aprovada, totalizando um pagamento de dividendos de US$ 1,5 bilhão em 2015. O valor é inferior à média de US$ 4,9 bilhões paga nos últimos três anos", disse a agência, na nota, lembrando que a Vale vai levantar também US$ 10 bilhões com a venda de ativos não essenciais em 2015 e 2016.

A Fitch informou ainda que projetava um Ebitda de US$ 7,4 bilhões em 2015 e de US$ 9 bilhões em 2016 para a Vale, utilizando uma taxa de câmbio de R$ 3,20/US$ em 2015 e de R$ 3,30/US$ em 2016, além de US$ 50 por tonelada de minério de ferro.

"No entanto, dada a forte depreciação do real no segundo semestre, o desempenho da companhia deve superar essas expectativas para os dois anos, pois 90% de seus custos de produção de minério de ferro no Brasil são em reais", afirmou a Fitch.

Em 30 de junho de 2015, a Vale reportava dívida total ajustada de US$ 33 bilhões e caixa e aplicações financeiras de US$ 3,3 bilhões, lembrou a agência.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFitchMercado financeiroMineraçãoRatingSiderúrgicasVale

Mais de Mercados

Ibovespa retorna aos 127 mil pontos com incertezas fiscais no radar; dólar sobe 1,56% a R$ 5,568

Ações da Volvo sobem 7% enquanto investidores aguardam BCE

Reunião de Lula sobre corte de gastos e decisão de juros na Europa: o que move o mercado

BC eleva o limite de operações de câmbio feitas em instituições não bancárias para US$ 500 mil

Mais na Exame