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Corretora Modalmais estuda realizar IPO em 2019

O plano, ainda em fase inicial de discussões, é abrir o capital da empresa após a consolidação do crescimento da corretora, esperada para 2018

Modalmais: o crescimento do mercado acionário e a perspectiva de manutenção do momento positivo para o setor são fatores para as projeções (Modalmais/Reprodução)

Modalmais: o crescimento do mercado acionário e a perspectiva de manutenção do momento positivo para o setor são fatores para as projeções (Modalmais/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2017 às 13h53.

São Paulo - A corretora Modalmais, do banco Modal, estuda realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2019, disse à Reuters o sócio-gestor da empresa Rodrigo Puga.

O plano, ainda em fase inicial de discussões, é abrir o capital da empresa após a consolidação do crescimento da corretora, esperada para 2018.

"Nossa meta é fechar este ano com 100 mil clientes e para 2018 vamos mirar 500 mil... Quando a gente olha para 2019 a gente vê a possibilidade do IPO", disse Puga.

Atualmente, a Modalmais tem 80 mil clientes, com 110 mil cadastros e uma média de mil aberturas de contas por dia.

Com o crescimento das operações, a corretora está preparando uma mudança para um espaço maior em São Paulo. Atualmente, as operações da empresa na capital paulista, incluindo o banco Modal, ocupam um espaço de 850 metros quadrados em um prédio no bairro do Itaim.

Deste total, cerca de 500 metros são da corretora. No novo espaço, que será no mesmo prédio, o grupo terá uma área de 2 mil metros, sendo 1.100 da corretora.

A corretora emprega no escritório de São Paulo 80 pessoas, sendo que há quatro meses eram 20 pessoas na equipe. Para o próximo ano, quando a corretora se muda para o novo andar, o plano é abrir mais 130 posições.

O crescimento do mercado acionário e a perspectiva de manutenção do momento positivo para o setor são fatores para as projeções ambiciosas da corretora, que vê a manutenção da entrada de fluxo de investimento estrangeiro para o mercado local, assim como potencial grande de migração dos investidores nacionais da renda fixa para a variável.

"Não tem jeito, com a taxa de juros caindo o investidor vai buscar mais retorno e só vai encontrar em investimento de maior risco. Primeiro ele vai para os fundos e depois acaba indo diretamente para a bolsa", disse Puga.

O anúncio do plano para ir a mercado em até dois anos vem em meio ao processo de consolidação pelo qual passa o setor de corretoras. Em maio, o Itaú Unibanco anunciou a compra da de 49,9 por cento da XP Investimentos por 6,3 bilhões de reais. Já no mês passado, a chinesa Fosun acertou acordo para compra de 70 por cento da Guide Investimentos.

Segundo Puga, o movimento de consolidação vai continuar acontecendo, mas ele vê poucos compradores no mercado nacional, principalmente devido ao valor elevado embutidos das operações.

"A consolidação vai acontecer principalmente de duas formas: algumas empresas vão tentar crescer e não vão conseguir e vão acabar passando a carteira de clientes e vai haver também união entre as pequenas, na tentativa de se tornarem médias", disse Puga.

Puga destaca que a Modalmais se posiciona como potencial compradora, mas ainda não encontrou oportunidades que agreguem um número de clientes atrativo à empresa, que já tem crescimento orgânico forte.

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