São Paulo - Inovação. A palavra tão difundida no mundo dos negócios também tem trazido dinheiro para o investidor. Isso porque os papéis de empresas consideradas inovadoras têm apresentado um desempenho significativamente melhor que o do Ibovespa. É o que mostra o chamado Índice de Inovação, idealizado pela Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação.

Nos últimos seis anos, enquanto o Ibovespa acumulou valorização de 33,17%, o Índice de Inovação Innoscience registrou valorização de 178,83%.

O índice é constituído por uma carteira de 20 empresas que foram classificadas como as mais inovadoras do Brasil nos últimos anos. A composição tem como base os rankings divulgados pelas principais publicações de gestão de negócios no país.

Atualmente, dentre as empresas que compõem o índice estão ALL, Ambev, Bematech, Braskem, Coelce, CPFL Energia, Fleury, Grendene, Karsten, BRF, Magazine Luiza, Marcopolo, Portobello, Positivo, Randon, Renner, Tecnisa, Vale, WEG e Whirlpool.

O sócio-fundador da consultoria, Felipe Scherer, explica que o índice tem o objetivo de mostrar para as empresas que investir em inovação não é atrativo apenas para competir no mercado, mas também para atrair investidores. “Empresas inovadoras tendem a ter melhor desempenho na Bovespa”, observa Scherer.

Ano atípico

Ao analisar os dados do Índice de Inovação em 2014 nota-se uma exceção na comparação com os demais anos. No ano passado, o índice registrou desvalorização de 15,49%, enquanto o Ibovespa perdeu apenas 2,91%.

Segundo a consultoria, os quatro primeiros meses do ano foram bastante difíceis para a carteira de inovação e, além disso, no mês de agosto o Ibovespa foi muito bem.

“A disputa eleitoral foi acirrada e teve influência no Ibovespa. Houve uma expectativa de transição de governo que não ocorreu. Foi a primeira vez que o índice registrou queda e ficou atrás do Ibovespa, finaliza Scherer.