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Guerra Israel-Hamas aumenta para 50% chances de uma nova guerra mundial, diz Ray Dalio

Para o investidor, os atuais embates geopolíticos são parte de uma luta maior pelo poder - que definirá a nova ordem mundial

Ray Dalio: investidor sonha que todos reconheçam o horror de uma guerra mundial e se unam para evitá-la (NurPhoto/Getty Images)
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 13 de outubro de 2023 às 12h30.

Última atualização em 13 de outubro de 2023 às 14h18.

O mundo tem assistido com temor o conflito entre Israel e o Hamas, tal como entre a Rússia e a Ucrânia, sobretudo porque os confrontos podem ser desdobrados a outras nações. Para Ray Dalio, sócio-fundador da Bridgwater Associates, é uma questão de tempo para uma nova guerra mundial insurgir e ter em polos opostos os Estados Unidos e a China.

Israel-Hamas e o passo à terceira guerra mundial

Em uma publicação do LinkedIn, o investidor aponta que os efeitos nocivos do atual embate no Oriente Médio devem se estender para além das fronteiras de Israel e Gaza. “Trata-se de outro passo em direção à uma guerra mundial. As probabilidades de transição dos conflitos contidos locais para uma escalada internacional –  e mais incontida, que inclua as grandes potências – aumentaram de 35% para cerca de 50% nos últimos dois anos", afirmou.

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Dalio pontua que há anos as tensões internacionais têm crescido e que os EUA e a China estão à beira de uma “guerra quente”. Para ele, o atual conflito poderá ser a fagulha que levará as nações a cruzarem uma linha tênue que pode desencadear um combate militar. Isso porque, em sua visão, os ciclos históricos de conflitos como os entre Israel-Hamas e Rússia-Ucrânia provavelmente serão brutais até o fim.

Tensões entre EUA e China

Para Dalio, ambos os embates são parte de uma luta maior pelo poder que definirá a nova ordem mundial. “As atuais tensões entre os EUA e a China ainda são administráveis ​​e não irão necessariamente se transformar numa guerra total. Mas se o combate direto eclodir e as mortes começarem a aumentar, isso abriria caminho para uma mudança de conflitos contidos antes da guerra ‘quente’ para uma brutal Terceira Guerra Mundial”, acrescentou.

Diante desse cenário, o copresidente do conselho de administração da Bridgewater pediu que os líderes mundiais ajam pela contenção dos atuais conflitos. Segundo ele, os aliados dos países em guerra e os governos devem trabalhar em conjunto para evitar a escalada e serem resistentes para que não sejam arrastados para combates físicos.

O investidor ainda frisou que seu sonho é que todos reconhecessem o horror de uma guerra mundial e se unam para evitá-la. “O meu principal objetivo seria que os EUA e a China mediassem conjuntamente a paz na Ucrânia."

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