Cenário externo puxa juros domésticos para cima
Os dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho nos Estados Unidos se sobrepuseram à produção industrial brasileira aquém das expectativas em março
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2013 às 16h58.
São Paulo - O cenário externo voltou nesta sexta-feira a direcionar os juros domésticos, mas desta vez puxou as taxas futuras para cima.
Os dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho nos Estados Unidos se sobrepuseram à produção industrial brasileira aquém das expectativas em março.
O comportamento da economia internacional voltou a ganhar peso nas análises de investidores e economistas depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) atribuiu, principalmente, às incertezas externas a decisão de conduzir com cautela o aperto da Selic.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (306.240 contratos) marcava 7,435%, de 7,41% no ajuste anterior.
O DI com vencimento em janeiro de 2014 (247.075 contratos) apontava 7,93%, de 7,87% nesta sexta-feira. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (523.165 contratos) indicava 8,27%, de 8,19% na véspera. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (203.895 contratos) marcava 8,82%, de 8,74% antes, e o DI para janeiro de 2021 (17.670 contratos) estava em 9,40%, de 9,34% no ajuste anterior.
Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA anunciou a criação de 165 mil vagas em abril, ante expectativa de que seriam geradas 148 mil vagas. Já a taxa de desemprego caiu de 7,6% em março para 7,5% em abril, o nível mais baixo desde o fim de 2008, número também melhor que o esperado (7,6%).
Esses números dos EUA provocaram forte alta das commodities ao redor do globo, favorecendo o avanço das taxas futuras. Mesmo porque uma recuperação da economia dos EUA pode anular parte da fraqueza vinda da Europa e sustentar os preços das matérias-primas, o que ajudaria a manter a inflação doméstica em patamares elevados.
No âmbito doméstico, a produção industrial aumentou 0,70% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio próximo do piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 0,50% a 2,10%) e abaixo da mediana de 1,30%.
Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara, afirmou que o resultado da produção industrial de março deve indicar um Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre do ano mais próximo a 0,5% do que a 1% na margem.
Ainda no Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,28% em abril. Em março, o IPC havia apresentado uma queda de 0,17%. O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou acima da mediana encontrada pelo AE Projeções, de 0,25%.
São Paulo - O cenário externo voltou nesta sexta-feira a direcionar os juros domésticos, mas desta vez puxou as taxas futuras para cima.
Os dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho nos Estados Unidos se sobrepuseram à produção industrial brasileira aquém das expectativas em março.
O comportamento da economia internacional voltou a ganhar peso nas análises de investidores e economistas depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) atribuiu, principalmente, às incertezas externas a decisão de conduzir com cautela o aperto da Selic.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (306.240 contratos) marcava 7,435%, de 7,41% no ajuste anterior.
O DI com vencimento em janeiro de 2014 (247.075 contratos) apontava 7,93%, de 7,87% nesta sexta-feira. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (523.165 contratos) indicava 8,27%, de 8,19% na véspera. Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (203.895 contratos) marcava 8,82%, de 8,74% antes, e o DI para janeiro de 2021 (17.670 contratos) estava em 9,40%, de 9,34% no ajuste anterior.
Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA anunciou a criação de 165 mil vagas em abril, ante expectativa de que seriam geradas 148 mil vagas. Já a taxa de desemprego caiu de 7,6% em março para 7,5% em abril, o nível mais baixo desde o fim de 2008, número também melhor que o esperado (7,6%).
Esses números dos EUA provocaram forte alta das commodities ao redor do globo, favorecendo o avanço das taxas futuras. Mesmo porque uma recuperação da economia dos EUA pode anular parte da fraqueza vinda da Europa e sustentar os preços das matérias-primas, o que ajudaria a manter a inflação doméstica em patamares elevados.
No âmbito doméstico, a produção industrial aumentou 0,70% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio próximo do piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 0,50% a 2,10%) e abaixo da mediana de 1,30%.
Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Zara, afirmou que o resultado da produção industrial de março deve indicar um Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre do ano mais próximo a 0,5% do que a 1% na margem.
Ainda no Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,28% em abril. Em março, o IPC havia apresentado uma queda de 0,17%. O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou acima da mediana encontrada pelo AE Projeções, de 0,25%.