Cenário externo afeta IPOs no Brasil, avalia BM&FBovespa
Ainda assim, até o fim do ano, duas empresas podem fazer ofertas públicas iniciais, afirmou o presidente da Bovespa Edemir Pinto
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2012 às 16h55.
São Paulo - O mercado brasileiro pode ser palco de uma ou outra oferta pública inicial de ação ( IPO , na sigla em inglês) ainda em 2012, de acordo com o diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Há entre duas e três empresas preparadas para abrir capital na bolsa assim que houver oportunidade para captações em renda variável, segundo ele. "São modelos de negócio conhecidos, além de boas histórias", disse Edemir, sem citar nomes, nesta segunda-feira.
No entanto, ele confirmou que o cenário de indefinição no exterior tem preocupado os investidores internacionais. Esse sentimento impacta o mercado brasileiro que, conforme Edemir, é muito dependente do cenário externo, uma vez que o investidor estrangeiro tem grande relevância aqui. "A indecisão sobre quando virá uma solução definitiva para a crise europeia está deixando os investidores estrangeiros mais preocupados. Achávamos que uma possível solução viria há duas semanas, mas sempre há uma prorrogação", observou o executivo.
Questionado sobre se a bolsa brasileira estava 'andando de lado' - jargão do mercado financeiro usado quando a bolsa não apresenta tendência definida - em meio ao contexto atual, Edemir disse que a bolsa está com muita volatilidade por causa, justamente, desta indefinição no cenário externo. Este ano apenas três empresas abriram capital na BM&FBovespa: Locamerica, do segmento de frota, o banco de investimento BTG Pactual e a fabricante de móveis Unicasa. Além deles, a Taesa, subsidiária da Cemig, fez um "re-IPO", segundo a companhia, uma vez que a mesma já tinha ações listadas na bolsa. Edemir participou nesta segunda-feira de evento que marcou o início da negociação de contratos de futuro de S&P500, listados e negociados na Bolsa de Chicago, na BM&FBovespa.