Mercados

Cemig troca debêntures de infraestrutura por Novo Mercado

Companhia deixou de emitir cerca de R$ 500 milhões em infraestrutura por turbulências relacionadas à revisão tarifária


	Energia elétrica: em vez das debêntures de infraestrutura, a Cemig optou por emitir debêntures do Novo Mercado, por meio das quais levantou R$ 2,1 bilhões em março
 (REUTERS/Paulo Santos)

Energia elétrica: em vez das debêntures de infraestrutura, a Cemig optou por emitir debêntures do Novo Mercado, por meio das quais levantou R$ 2,1 bilhões em março (REUTERS/Paulo Santos)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2013 às 13h33.

São Paulo - A Cemig deixou de emitir debêntures de infraestrutura de cerca de 500 milhões de reais, diante das turbulências no mercado relacionadas à revisão tarifária da distribuidora.

"A gente queria vincular (as debêntures) a um programa de investimentos da distribuidora. Infelizmente, do jeito que estava o mercado com a revisão tarifária das distribuidoras, tivemos que adiar", disse o diretor de Finanças da Cemig, Luiz Fernando Rolla, a jornalistas, após participar de evento da Latin Finance nesta terça-feira.

Segundo ele, as debêntures de infraestrutura ainda são vistas como uma novidade no mercado e seria a primeira emissão do tipo a ser feita pela estatal mineira de energia.

Em vez das debêntures de infraestrutura, a Cemig optou por emitir debêntures do Novo Mercado, por meio das quais levantou 2,160 bilhões de reais em março. A empresa não pretende mais acessar o mercado de emissões de dívida em 2013, a menos que faça uma aquisição.

Do total levantado com a emissão, cerca de 1,6 bilhão de reais foi direcionado para rolagem de dívida e o restante para investimentos no segmento de distribuição.

Compras

A Cemig visa aquisições no segmento de geração de energia e também avalia o desenvolvimento de novos projetos a gás natural.

A empresa ainda não finalizou a compra de participação de fatia de cerca de 40 por cento da Petrobras na Gás Brasiliano.

Questionado sobre se a Cemig poderia comprar uma fatia ainda maior na Gás Brasiliano, diante das intenções de desinvestimentos da Petrobras, o diretor de Finanças da Cemig disse acreditar que "a Petrobras não iria concordar".

Na área de transmissão de energia, a Cemig visa o projeto do linhão de transmissão da usina hidrelétrica Belo Monte, o qual deve disputar por meio da controlada Taesa.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresCemigDebênturesEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergia elétricaEstatais brasileirasMercado financeiroServiçosservicos-financeiros

Mais de Mercados

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Ibovespa fecha em alta de mais de 1% puxado por Vale (VALE3)

Mais na Exame