Mercados

Cemig coloca participação na Light à venda e ações disparam

Operação faz parte do plano de desinvestimentos da companhia mineira, que pretende reduzir endividamento bilionário

Light: Cemig deixará de ser acionista majoritária (Junius/Wikimedia Commons)

Light: Cemig deixará de ser acionista majoritária (Junius/Wikimedia Commons)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 22 de junho de 2017 às 11h18.

Última atualização em 22 de junho de 2017 às 11h31.

São Paulo -- A estatal mineira Cemig anunciou ontem que conseguiu aprovar no Conselho de Administração a venda de sua participação na distribuidora de energia carioca Light, que é de pouco mais de 26%.

A notícia fez com que as ações das duas companhias disparassem nesta quinta-feira na Bolsa. Os papéis da Light, que hoje são negociados a pouco mais de 22 reais, chegaram a subir 25% na máxima do dia. Já os da Cemig, cotados na casa dos oito reais, tiveram ganhos de quase 10%, também na máxima.

Há menos de um mês, a Cemig anunciou um plano de desinvestimentos no valor de 6,564 bilhões de reais. O objetivo da venda dos ativos, que incluem a Light, é reduzir a dívida bilionária da companhia. Atualmente, a empresa tem 10 bilhões de reais em dívidas para pagamento no curto prazo.

Além da Light, a Cemig pretende vender uma fatia de sua participação nas transmissoras Taesa e Transmineira e nas hidrelétricas de Santo Antônio e Belo Monte. A companhia também pretende se desfazer das subsidiárias de gás e telecomunicações, Gasmig e Cemig Telecom, e encontrar um sócio estratégico para a controlada de geração limpa Renova Energia.

No começo do ano, surgiram rumores de que o Ministério da Fazenda iria exigir do governo mineiro a privatização da Cemig em troca de socorro financeiro. A proposta foi negada pelo governo de Minas Gerais.

Acompanhe tudo sobre:AçõesCemigLight

Mais de Mercados

Cogna reduz em 72% prejuízo no 3º tri com crescimento de Kroton e já mira dividendos em 2025

Dona da Jeep, Stellantis enfrenta crise e corta mais de mil empregos nos EUA

ADRs de empresas chinesas têm queda no pré-mercado dos EUA após anúncio de pacote

IPCA, pacote fiscal, China, repercussão do Fomc e de Petrobras: o que move o mercado