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Caso OGX não arranha imagem da BM&FBovespa, diz Edemir

O presidente da empresa disse que a saída de um papel listado no Ibovespa não é algo trivial, mas que "eventualmente acontece"


	Eike Batista na abertura de capital da OGX: "em 45 anos é a primeira vez que tivemos a saída de um papel dessa liquidez. Nunca tivemos uma situação semelhante a essa", disse presidente da bolsa
 (Fernando Cavalcanti/EXAME.com)

Eike Batista na abertura de capital da OGX: "em 45 anos é a primeira vez que tivemos a saída de um papel dessa liquidez. Nunca tivemos uma situação semelhante a essa", disse presidente da bolsa (Fernando Cavalcanti/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 13h43.

São Paulo - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse nesta sexta-feira, 8, que a saída de um papel listado no Ibovespa não é algo trivial, mas que "eventualmente acontece".

O executivo disse que a ação da OGX, que deixou de ser negociada no principal índice da Bolsa, na semana passada, tinha uma relevância grande na Bolsa, não sendo apenas negociado no mercado à vista. "Esse papel estava envolvido em todos os produtos que a Bolsa negocia e com altíssima liquidez", disse Edemir.

O executivo disse que a saída do papel do índice, devido a seu pedido de recuperação judicial, foi um processo considerado exitoso. "Foi ordeiro, não tivemos na retirada desse papel nada que pudesse ter críticas ou um tipo de irregularidade", afirmou.

Edemir falou ainda que a área técnica da Bolsa "teve um grande trabalho para identificar todos os impactos" da saída desse papel do índice. "Sempre tem uma primeira vez. Em 45 anos é a primeira vez que tivemos a saída de um papel dessa liquidez. Nunca tivemos uma situação semelhante a essa", disse o presidente da Bolsa.

O executivo disse que o caso da OGX não arranhou a imagem da Bolsa e que a companhia está colaborando com o regulador, que está apurando sobre o caso. No entanto, o executivo disse que caso a CVM identifique alguma irregularidade, a imagem da companhia, nesse caso, poderá ser sim arranhada.

"A Bolsa vive de confiança e credibilidade, mas estamos tranquilos em relação a isso", disse Edemir. "A Bolsa vem colaborando com o regulador dia a dia", disse.

Edemir destacou que a Bolsa tem acompanhado o caso de perto para ver se houve algum tipo de negligência ou irregularidade. "Nós da Bolsa ficamos frustrados com o que aconteceu. A OGX não era reconhecida só aqui, mas também lá fora", destacou.

O executivo frisou que todo o dinheiro que foi captado pelo Eike Batista no mercado foi investido nas próprias empresas do grupo.

"A Bolsa tem contribuído com o regulador em todos os sentidos. É importante que apurarmos o que aconteceu para que caso como esse não se repita", afirmou. O presidente da companhia disse ainda que o mercado é rápido e que já precificou o caso da OGX no mercado de capitais com um todo.

 

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