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CÂMBIO-Dólar tem leve alta; mercado avalia possíveis medidas

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 15 de outubro (Reuters) - O dólar fechou em leve alta ante o real nesta sexta-feira, acompanhando um ajuste no mercado internacional e com investidores atentos a possíveis medidas do governo sobre contratos futuros de câmbio. A moeda norte-americana subiu 0,18 por cento, para 1,666 real. Na mínima do dia, […]

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 13h45.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 15 de outubro (Reuters) - O dólar fechou em leve
alta ante o real nesta sexta-feira, acompanhando um ajuste no
mercado internacional e com investidores atentos a possíveis
medidas do governo sobre contratos futuros de câmbio.

A moeda norte-americana subiu 0,18 por cento, para
1,666 real. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser cotado a
1,654 real, perto dos menores níveis em mais de dois anos.

No exterior, o euro superou 1,41 dólar pela manhã,
em reação às declarações do chairman do Federal Reserve, Ben
Bernanke, de que há espaço para um estímulo monetário extra.
Mais tarde, porém, o movimento retrocedeu, com o euro abaixo
desse nível e a moeda norte-americana em alta de 0,5 por
cento frente às principais divisas.

Segundo operadores no exterior, tratou-se de um movimento
natural de ajuste após semanas de enfraquecimento do dólar.

No Brasil, o câmbio oscilou em linha com o viés
internacional. O volume de operações registradas na clearing da
BM&FBovespa até pouco antes do fechamento do mercado era de 2,8
bilhões de dólares, ante média diária de 3,2 bilhões de dólares
no mês.

Segundo João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, o
mercado prestou atenção às declarações do ministro da Fazenda,
Guido Mantega, sobre uma intervenção adicional no câmbio.

O ministro disse à GloboNews que está monitorando o
comportamento do dólar antes de decidir por novas medidas, mas
que está "particularmente atento" ao mercado futuro e que pode
limitar a alavancagem das empresas e a exposição a risco
[ID:nN15204855].

Na quinta-feira, os estrangeiros tinham mais de 16 bilhões
de dólares em posições vendidas em contratos futuros e de cupom
cambial (DDI), indicando uma aposta na queda do dólar.

Reportagem do jornal Valor Econômico, na quinta-feira,
afirmava que o governo poderia atuar sobre a margem de garantia
para operações de câmbio da BM&FBovespa.

ATENÇÃO TAMBÉM A IOF

Analistas apontam ainda para a possibilidade de que a
alíquota de 4 por cento do IOF sobre investimentos estrangeiros
em renda fixa seja estendida para a bolsa de valores.

"A extensão... seria o próximo passo natural", avaliou
Diego Donadio, analista do BNP Paribas, em relatório.

Ele ponderou, no entanto, que, "apesar das várias
possibilidades que continuam abertas para intervenção, o
cenário favorável para o crescimento deve continuar a
fortalecer as moedas latino-americanas".

"A menos que a reunião do G20 em novembro traga uma solução
coordenada, especialmente uma que preveja alta mais rápida das
moedas asiáticas, a América Latina vai continuar como um
importante destino de dólares."

(Edição de Daniela Machado)

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