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CÂMBIO-Dólar sobe pelo 3o dia com exterior e medida do BC

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 6 de janeiro (Reuters) - O dólar se aproximou de 1,70 real nesta quinta-feira, subindo pelo terceiro dia seguido em uma sessão marcada pela valorização da moeda no mercado externo e pela primeira reação dos agentes à imposição de um depósito compulsório sobre as posições de câmbio dos bancos. A […]

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2011 às 15h48.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 6 de janeiro (Reuters) - O dólar se aproximou de
1,70 real nesta quinta-feira, subindo pelo terceiro dia seguido
em uma sessão marcada pela valorização da moeda no mercado
externo e pela primeira reação dos agentes à imposição de um
depósito compulsório sobre as posições de câmbio dos bancos.

A divisa norte-americana avançou 0,78 por cento, a
1,688 real. Em três dias, o dólar já subiu 2,24 por cento.

Enquanto o mercado brasileiro fechava, o dólar tinha alta
de 0,7 por cento em relação às principais moedas no exterior
. O euro caiu ao menor nível em cinco semanas,
abaixo de 1,30 dólar, em meio à preocupação com a emissão de
títulos por vários países da região na semana que vem.

No Brasil, os agentes viram uma pequena pressão de alta
sobre o preço da moeda norte-americana após a decisão do Banco
Central de impor um depósito compulsório de 60 por cento sobre
a posição dos bancos que exceder 3 bilhões de dólares ou o
patrimônio de referência da instituição. [ID:nN06104553]

Como a medida vale a partir de abril, a avaliação é de que
o efeito será diluído nesse período.

"Você coloca pressão na compra de uma maneira muito leve.
Você garante que no intervalo de 90 dias a taxa se aprecie em
virtude da realocação da posição dos bancos", disse o operador
de um banco em São Paulo, que não quis ser identificado.

Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, tem
opinião semelhante. "Será normal que o preço da moeda americana
assuma um viés de alta extremamente gradual ao longo dos 90
dias, período em que os bancos deverão estar atuando visando à
cobertura das posições", escreveu em relatório.

No final de 2010, a posição vendida dos bancos atingiu o
maior nível da série histórica iniciada em 1994, com 16,784
bilhões de dólares. Parte desse montante estava protegida com
posições compradas no mercado futuro.

O maior impacto da medida, em um primeiro momento, esteve
sobre a taxa de juros locais em dólares --chamada de cupom
cambial. Segundo analistas, a alta das taxas com vencimento
mais curto indica que devem ficar mais caras as operações de
arbitragem, feitas com o objetivo de aproveitar os altos juros
do país e que aumentam o ingresso de dólares. [ID:nN06115555]

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Aluísio Alves)

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