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CÂMBIO-Dólar sobe 0,2% com expectativa sobre ação do governo

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 17 de setembro (Reuters) - A expectativa por novas medidas do governo para frear a valorização do real manteve o dólar em leve alta nesta sexta-feira, em uma sessão com volume reduzido e poucas oscilações também no exterior. A moeda norte-americana terminou o dia a 1,719 real, com variação positiva […]

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2010 às 13h39.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 17 de setembro (Reuters) - A expectativa por
novas medidas do governo para frear a valorização do real
manteve o dólar em leve alta nesta sexta-feira, em uma sessão
com volume reduzido e poucas oscilações também no exterior.

A moeda norte-americana terminou o dia a 1,719 real,
com variação positiva de 0,17 por cento.

"O mercado ficou meio receoso... De repente poderia sair um
swap cambial reverso ou compras do Fundo Soberano. O volume se
retraiu um pouco", disse o operador de derivativos de um banco
nacional, que não quis ser identificado.

O volume de negócios registrados na clearing (câmara de
compensação) da BM&FBovespa até pouco antes de 16h30 era de
apenas 1,3 bilhão de dólares, ante média diária de 3,4 bilhões
de dólares no resto da semana.

Na quinta-feira, uma fonte afirmou à Reuters que o Fundo
Soberano poderia ser usado para comprar dólares "sem o mercado
saber" e que talvez o Banco Central pudesse "entrar nas duas
pontas", ou seja, complementar os leilões diários de compra com
a oferta de contratos de swap cambial reverso.

O swap reverso funciona como uma compra de dólares pelo BC
no mercado futuro. A medida seria uma forma de se contrapor à
expressiva oferta de moeda por meio de derivativos na
BM&FBovespa, onde os estrangeiros já venderam mais de 13
bilhões de dólares em dólar futuro e cupom cambial (DDI).

Nesta sexta, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo com
uma fonte do governo afirma que o BC pode ainda aumentar o
número de atuações por dia no mercado de câmbio, com uma
sequência de vários "leilões-surpresa".

O dólar acumula queda de 4,7 por cento desde o final de
junho. A bilionária oferta de ações da Petrobras e
diversas outras emissões de títulos são apontadas como a fonte
de uma expressiva oferta de dólares no mercado local
[ID:nN17186291].

A resposta do governo ao fluxo de moeda para o país deve
continuar como principal fator de definição da taxa de câmbio
na próxima semana, avalia Jorge Knauer, gerente de câmbio do
banco Prosper, no Rio de Janeiro.

"Quando passar toda a entrada da Petrobras pelo mercado,
pode ser que a gente tenha um congelamento dessa tendência de
queda. Pode até ser que volte um pouco, a 1,75 (real). Agora,
se não for feito nada um pouco mais incisivo, a tendência de
queda vai continuar", afirmou.

Nesta sessão, o BC seguiu o script dos últimos dias e
realizou dois leilões de compra de dólares, um no meio e outro
no final das operações. Desde o início da estratégia de dois
leilões, no dia 8, as reservas internacionais já aumentaram 4,8
bilhões de dólares, segundo o dado mais recente.

(Edição de Daniela Machado)

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