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CÂMBIO-Dólar quase estável, dividido entre ingressos e exterior

SÃO PAULO, 5 de janeiro (Reuters) - O dólar operava perto da estabilidade nesta quarta-feira, dividido entre o contínuo ingresso de recursos e a alta da moeda lá fora. Os investidores também evitam derrubar muito as cotações, uma vez que isso pode levar a uma atuação do Banco Central. Às 11h06, o dólar era negociado […]

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2011 às 10h08.

SÃO PAULO, 5 de janeiro (Reuters) - O dólar operava perto
da estabilidade nesta quarta-feira, dividido entre o contínuo
ingresso de recursos e a alta da moeda lá fora. Os investidores
também evitam derrubar muito as cotações, uma vez que isso pode
levar a uma atuação do Banco Central.

Às 11h06, o dólar era negociado a 1,665 real na
ponta de venda, em leve alta de 0,06 por cento.

"O mercado não força muito a cotação porque está com receio
de o dólar cair muito e eventualmente virem as ferramentas que
o governo diz ter disponível", comentou Mário Battistel,
gerente de câmbio da Fair Corretora.

Na terça-feira à tarde, o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, afirmou que o governo possui "infinitas medidas" a
tomar no câmbio, com o intuito de não deixar o "dólar
derreter". [nN04225615]

Contudo, a coletiva frustrou as expectativas do mercado,
que apostava que o ministro anunciaria alguma nova medida para
conter a valorização do real. A moeda norte-americana chegou a
subir mais de 1 por cento antes do início da coletiva, mas logo
devolveu boa parte da alta.

Lá fora, o dólar operava em alta de 0,48 por cento frente a
uma cesta de moedas , enquanto o euro caía 0,67
por cento, para 1,3219 dólar, em meio a dados positivos
recentes dos EUA e o persistente receio com a crise de dívida
na zona do euro.

Operadores estrangeiros citaram que a notícia de que o
Banco Nacional Suíço parou de aceitar bônus do governo irlandês
como colateral em suas operações no mercado aberto derrubaram o
sentimento em relação à moeda única europeia. Além disso,
continua o temor de que Portugal possa ser forçado a seguir os
passos de Grécia e Irlanda e buscar um socorro da União
Europeia e do Fundo Monetário Internacional.

Em relação aos EUA, agradaram os dados que mostraram, na
terça-feira, que as encomendas à indústria tiveram alta
inesperada em novembro. Por outro lado, o Federal Reserve
enfatizou na ata da última reunião de política monetária,
também divulgada na terça-feira, que a economia continua fraca,
apesar da melhora.

Nesta quarta-feira, os investidores estarão de olho nos
dados sobre o emprego privado nos EUA, que costumam servir de
indicador para os dados do mercado de trabalho que saem na
sexta-feira, e no dado de atividade no setor de serviços.

Internamente, o Banco Central publica por volta das 12h30 o
dado sobre o fluxo cambial em dezembro. Segundo Battistel, o
contínuo ingresso de recursos contribui para que o real não
siga o comportamento das demais moedas nesta quarta-feira e se
desvalorize muito.

(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)

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