Mercados

Câmbio abre em queda à espera de anúncio de equipe

Às 9h35, no mercado de balcão, o dólar à vista valia R$ 2,5120 (-1,02%)


	Câmbio: dia prevê ainda dados de crédito no país, a serem divulgados pelo BC
 (Bruno Domingos/Reuters)

Câmbio: dia prevê ainda dados de crédito no país, a serem divulgados pelo BC (Bruno Domingos/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 10h09.

São Paulo - O dólar à vista abriu em queda ante o real, em meio às expectativas dos investidores pelas nomeações oficiais dos indicados para compor a nova equipe econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o que pode ocorrer amanhã.

A posse do trio formado por Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central) deve ocorrer na sexta-feira, 28, o que traz certo ânimo aos mercados domésticos e alimenta a espera pelas medidas a serem adotadas pelo governo a fim de resgatar a credibilidade.

Às 9h35, no mercado de balcão, o dólar à vista valia R$ 2,5120 (-1,02%), depois de cair até R$ 2,5100 (-1,10%), na cotação mínima do dia e de abrir em queda de 0,47%, a R$ 2,5260, ainda em meio a ajustes, após o dólar à vista encerrar acima da cotação do dólar futuro de dezembro, ontem.

No mesmo horário, o contrato futuro da moeda dos EUA para o próximo mês era negociado a R$ 2,5145 (-0,71%).

Nesta quarta-feira, 26, o Credit Suisse anunciou que elevou a previsão para a cotação do dólar para os 12 meses à frente, de R$ 2,55 para R$ 2,70, bem como para o período mais curto, de três meses, passando de R$ 2,40 para R$ 2,50. O banco de investimento sugeriu ainda posição comprada em real e vendida em peso mexicano.

Ontem, a presidente Dilma dedicou a maior parte do dia discutindo a formação do grupo que comandará a economia no segundo mandato, além de medidas de corte de gastos.

Ela esteve reunida com o indicado para ocupar o Ministério da Fazenda, Joaquim Levy, para iniciar as reuniões de entendimento e a transição entre as equipes deste e do próximo mandato.

Segundo fontes consultadas ainda na terça-feira pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Levy fará anúncios de novas medidas já na primeira semana no cargo, provavelmente indicando um caminho de maior arrocho em 2015 para a retomada do crescimento a partir de 2016.

Outra mudança será no Tesouro Nacional, onde a economista, de perfil liberal, Eduarda La Rocque substituirá Arno Augustin. Ele concede entrevista coletiva nesta tarde, para comentar o resultado primário do governo central em outubro, que será conhecido às 14h30. Dilma planeja indicar Arno para a presidência da Itaipu Binacional.

O dia prevê ainda dados de crédito no País, a serem divulgados pelo BC, às 10h30. Nesta manhã, o Diário Oficial da União (DOU) trouxe a sanção pela presidente, com vetos, da lei complementar que permite a renegociação das dívidas de Estados e municípios com a União, com base em um novo indexador, com o IGP-DI sendo substituído pelo IPCA.

Também diminuiu os juros das dívidas, dos atuais 6% a 9% ao ano, para 4% ao ano. Na prática, a lei reduz os encargos pagos pelos entes federados à União.

Além disso, também é esperada para hoje a votação da proposta que modifica as regras da política fiscal, já que a pauta do Congresso foi liberada.

Ontem, a base aliada do governo conseguiu votar todos os 38 vetos presidenciais que impediam a análise do projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e amplia o abatimento da meta de superávit primário.

Porém, ainda falta a contagem dos votos, em cédulas, para aferir o resultado dos vetos.

No exterior, as bolsas europeias e índices futuros de Nova York exibem alta moderada antes da agenda forte do dia nos Estados Unidos e nesta véspera do feriado do Dia de Ação de Graças no país, que tende a enxugar a liquidez dos negócios globais.

Além disso, é grande a expectativa dos investidores pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), amanhã.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Corte de juros em setembro? Os pontos do discurso de Powell para entender os próximos passos do Fed

Fed mantém taxa de juros entre 5,25% e 5,50% e cita cautela com inflação em comunicado

WEG surpreende com margens fortes e ação sobe 10%

Boeing nomeia novo CEO para liderar recuperação da empresa

Mais na Exame