Braskem (BRKM5) diz que não conduz negociações com Novonor e Petrobras para venda da empresa
Segundo jornal, gestora americana Apollo teria R$ 50 por ação para adquirir o controle da petroquímica
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2022 às 18h40.
Última atualização em 11 de outubro de 2022 às 18h47.
A Braskem (BRKM5) afirmou no fim da tarde desta terça-feira, 11, que não está conduzindo "eventuais negociações" da Novonor e Petrobras, que são acionistas majoritárias, para a venda da empresa.
Notícia desta terça-feira do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo,afirma que a gestora americana Apollo ofereceu R$ 50 por ação para adquirir o controle da empresa. O valor é cerca de 60% acima da cotação do fechamento de segunda-feira. A eventual negociação impulsionou o papel, que fechou com alta de 20,40%, a R$ 33,58.
No comunicado publicado no começo da noite, a Braskem relata as respostas recebidas após consultar as acionistas. A Novonor reiterou as manifestações anteriores, "ressaltando que até o presente momento não houve evolução material em qualquer alternativa relacionada ao processo de alienação de sua participação acionária na Braskem."
Já a Petrobras afirmou que "não tem nenhuma informação que ainda não tenha sido divulgada ao mercado."
A Apollo já teria feito uma oferta pela companhia, mas desta vez o montante seria 25% maior que a proposta anterior. Ainda de acordo com a reportagem, a gestora pretende transferir o capital da Braskem da B3 para a NYSE após a conclusão da compra.
Principais acionistas da Braskem, tanto a Novonor, ex-Odebretch, quanto a Petrobras tentaram realizar o desinvestimento na companhia no início do ano. Mas a operação, que seria realizada por meio de um follow-on na B3, não foi para frente.
No fim de julho, o Valor Econômico noticiou que, além da Apollo, o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame) e a Unipar estariam interessadas na compra da participação da Novonor no negócio, com propostas independentes partindo de R$ 40 por ação. A proposta da Apollo, segundo a reportagem da época, envolvia a compra de 100% das ações da companhia.