São Paulo - As ações da petroquímica Braskem registravam perdas de mais de 8% na Bovespa nesta segunda-feira. Os papéis da companhia são cotados na casa dos 11 reais e a queda é impulsionada pelas declarações do Ministério Público Federal na última sexta-feira.
Em uma coletiva, o ministério afirmou que a Petrobras teve um prejuízo de 6 bilhões de reais entre 2009 e 2014 com a venda de nafta para a Braskem, controlada pelo grupo Odebrecht.
De acordo com a denúncia, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa fechou uma negociação de venda de nafta para a Braskem em 2009. Os preços praticados estavam abaixo do preço internacional.
Em comunicado enviado ao mercado, a Braskem negou que o contrato tenha causado prejuízo à petrolífera. De acordo com a empresa, ela e sua concorrente que também participou das negociações, a Quattor, eram as únicas consumidoras.
E, de acordo com a Braskem, a Petrobras teria custos logísticos muito altos se precisasse exportar nafta, caso não vendesse sua produção aqui.
“Não faz nenhum sentido falar em R$ 6 bilhões de prejuízo à Petrobras a partir do conhecimento técnico do mercado de combustíveis e petroquímicos brasileiros”, afirma a Braskem em nota.
As ações da petroquímica já acumulam uma queda de 18,72% no mês e 33,40% no ano.
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1. Surpresas
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1/12 (Thinkstockphotos)
São Paulo - A divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre de 2015 das empresas deve agitar o mercado a partir desta quarta-feira.
Exame.com conversou com Paulo Figueiredo, diretor de operações da FN Capital, e Paulo Cabral Bastos, operador da mesa institucional da
Gradual Investimentos, para saber as empresas que devem surpreender o mercado, seja para o lado positivo ou negativo. Confira a seguir.
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2. As que devem apresentar os melhores resultados: 1º Renner
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2/12 (Kiko Ferrite)
Analistas esperam bons resultados da varejista, apesar do cenário de retração econômica. "A Renner costuma apresentar resultados melhores que as concorrentes", afirma Paulo Bastos, operador da mesa institucional da Gradual Investimentos. Em uma apresentação recente a analistas, José Galló, presidente da
Renner, disse que a varejista manteve o ritmo de crescimento de dois dígitos nas vendas, mas já adiantou que não apresentará resultados semelhantes ao primeiro trimestre de 2015, em que a companhia teve alta de 24% na receita.
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3. 2º EcoRodovias
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3/12 (Divulgação)
A expectativa com os resultados da
EcoRodovias também é positiva. Vale lembrar, que apesar do otimismo, no primeiro trimestre desse ano, a companhia registrou uma queda de 90% no lucro, em comparação com os 288 milhões de reais do mesmo período do ano passado. A diminuição aconteceu devido a um forte aumento nas despesas financeiras.
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4. 3º Cielo
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4/12 (Paulo Fridman/Bloomberg)
A credenciadora de cartões
Cielo deve trazer resultados positivos, segundo analistas. No primeiro trimestre de 2015 a companhia registrou um lucro líquido de 911 milhões de reais, um crescimento de 13,6% em relação ao mesmo período de 2014.
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5. 4º Multiplus
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5/12 (Divulgação)
Animados com os resultados positivos dos programas de fidelidade durante o primeiro trimestre de 2015, analistas acreditam que os números desse segundo trimestre devem ser igualmente positivos. Nos primeiros três meses de 2015, a
Multiplus, empresa de programas de fidelidade controlada pela
TAM, reportou um lucro líquido de mais de 100 milhões de reais, um valor 34,1% superior ao mesmo período do ano anterior.
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6. 5º Smiles
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6/12 (Divulgação)
Ainda entre as empresas de programa de fidelidade, analistas esperam resultados positivos da Smiles, controlada pela GOL.
No primeiro trimestre de 2015, o destaque se deu na receita líquida da companhia, que cresceu 31%, para 246 milhões de reais e também no lucro operacional, que teve um aumento de 24%.
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7. Veja agora os resultados que devem decepcionar o mercado: 1º Cyrela
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7/12 (Divulgação)
Já entre os resultados negativos esperados pelos analistas, o maior pessimismo é com a incorporadora e construtora
Cyrela. Os resultados do primeiro trimestre da companhia exibiram uma queda de 21,2% na receita líquida. O Ebitda caiu 36,9% para 154 milhões de reais, na comparação com o mesmo período de 2014.
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8. 2º BRF
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8/12 (Adriano Machado/Bloomberg)
A fabricante de alimentos
BRF, dona da
Sadia e
Perdigão, também não deve apresentar bons resultados, segundo analistas. No primeiro trimestre de 2015, o lucro líquido de 462 milhões de reais da companhia foi impulsionado pela valorização do dólar ante o real, que mais do que compensou a queda nas vendas da região do
Oriente Médio,
África e
Ásia. O desempenho da companhia também foi inferior na relação de número de pedidos no Brasil e no restante da América Latina e na Europa.
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9. 3º Grupo Pão de Açúcar
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9/12 (Marcos Issa/Bloomberg)
Os resultados já divulgados pelo grupo varejista francês
Casino, que controla o Grupo Pão de Açúcar (GPA), não foram suficientes para que analistas tirassem o GPA da lista de resultados não satisfatórios. Segundo relatório do grupo Casino, o GPA teve alta de 6% nas vendas líquidas, chegando ao valor de 16,1 bilhões de reais. Já a receita líquida “mesmas lojas” recuou 2,9% nesse segundo trimestre, com destaque para a
Via Varejo , que teve uma queda de 23,5% nesse indicador.
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10. 4º Souza Cruz
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10/12 (.)
Analistas da
Gradual Investimentos também não esperam grandes resultados da fabricante de cigarros
Souza Cruz. Nos primeiros três meses de 2015 o lucro líquido da companhia foi de 469,4 milhões de reais, um aumento de 3,1% em comparação aos três primeiros meses de 2014. Mas o volume de vendas da companhia caiu 11,4%, na mesma comparação.
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11. 5º Suzano
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11/12 (Divulgação/Suzano)
A segunda maior fabricante de papel e celulose do mundo não deve apresentar resultados muito bons, de acordo com analistas. No primeiro trimestre de 2015, a
Suzano registrou prejuízo de 762,5 milhões de reais, enquanto que, no mesmo período de 2014, obteve um lucro de 201 milhões. A perda ocorreu devido a desvalorização do real frente ao dólar. A alta no dólar afetou o pagamento das dívidas da companhia, ocasionando um impacto negativo de 1,29 bilhão de reais no resultado da Suzano.
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12. Veja agora as empresas que mais perderam valor de mercado em 2015
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12/12 (Thinkstockphotos)