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Brasil pode lançar títulos no exterior

Dessa maneira, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin: “Estamos analisando o melhor momento de curto prazo, mas achamos que a volatilidade diminuiu muito e provavelmente vamos fazer uma captação externa”, disse. (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 15h09.

Brasília – O governo estuda fazer em breve emissão de títulos federais no exterior em dólar com vencimento em dez anos, informou hoje (8) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

“Estamos analisando o melhor momento de curto prazo, mas achamos que a volatilidade diminuiu muito e provavelmente vamos fazer uma captação externa”, disse o secretário. De acordo com Augustin, o mais provável é que a captação de recursos seja em títulos no exterior em dólares.

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Por meio das emissões de títulos da dívida externa, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros. Taxas menores de juros indicam menor grau de desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida.

No último dia 29, o secretário explicou que atualmente o Brasil não capta recursos no exterior com o objetivo de se financiar nem de aumentar as reservas internacionais, mas para obter as menores taxas de juros possíveis que favoreçam as empresas brasileiras que também forem lançar títulos no mercado internacional. “A curva [de juros] do Tesouro Nacional fornece um referencial para as empresas que forem captar recursos no exterior”, disse.

A última vez que o Brasil emitiu títulos no exterior foi em setembro do ano passado. Na ocasião, o Tesouro Nacional captou US$ 1,35 bilhão em títulos com vencimento em 2023 e obteve a menor taxa de juros da história, 2,686% ao ano. Em dezembro, o Tesouro Nacional anunciou que pretendia fazer uma nova emissão em dólares, mas ainda não havia encontrado oportunidade para fazer a operação. Em março deste ano, o secretário tinha admitido que as turbulências externas, provocada pelas disputas políticas em relação ao orçamento nos Estados Unidos e pela renegociação da dívida do Chipre, adiaram as emissões.

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