Brasil Ecodiesel atinge sua menor cotação desde agosto de 2009
Indefinições na reestruturação da empresa ainda devem provocar volatilidade nos papéis
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2011 às 18h51.
São Paulo – As ações da Brasil Ecodiesel ( ECOD3 ) atingiram nesta quinta-feira (12) durante o pregão a menor cotação já registrada desde agosto de 2009, principalmente após o conselho de administração da companhia optar pela não aprovação da proposta feita pelo grupo Vanguarda, que poderia criar uma empresa de 2,16 bilhões de reais.
As ações da empresa terminaram a sessão com queda de 1,28%, cotadas a 0,77 real. Ao longo do dia, os papéis registraram a mínima de 0,74 real, o que representa uma baixa de 5,12%, chegando inclusive a liderar as perdas do Ibovespa, principal índice de ações brasileiro. A cotação (0,74 real) não é atingida desde 5 de agosto de 2009. Foi a quinta ação mais negociada no pregão de hoje.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia não explicou os motivos da decisão. A proposta de fusão tinha sido apresentada em abril deste ano e criaria uma produtora agrícola e de biodiesel que seria controlada pelo bilionário espanhol Enrique Bañuelos.
“A percepção é de que a Brasil Ecodiesel está mudando seu perfil de operação e que alguns acionistas poderiam não estar de acordo em relação aos planos da empresa de começar a atuar em outras áreas, e não apenas energia. Essas divergências podem ter sido um motivo para a não conclusão do acordo”, afirma Henrique Ribas, analista da Planner Corretora.
Segundo ele, “o mercado não recebeu uma explicação oficial da companhia sobre o motivo de ter recusado a oferta. Esta indefinição assustou o investidor”.
A Veremonte Participações, de Bañuelos, detém indiretamente o controle na Brasil Ecodiesel, produtora de biocombustíveis, e 50% da Vanguarda, que cultiva 230 mil hectares de soja, milho e algodão no Brasil.
“A aprovação do processo de fusão iria expor a Brasil Ecodiesel ao setor de alimentos, tornando a companhia em uma importante empresa de agronegócio listada no mercado de ações”, afirma Ribas. Para ele, o momento de união das duas companhias era oportuno, já que “os preços das commodities estão atrativos, oferecendo taxas de retornos interessantes e, portanto, o processo de fusão seria positivo”.
Perspectivas
Questionado sobre o desempenho das ações, o analista da Planner afirma que os papéis estão desvalorizados há um bom tempo, principalmente em função da reestruturação que está ocorrendo dentro da Brasil Ecodiesel.
Por outro lado, Ribas acredita que ainda há espaço para recuperação, inclusive quando as mudanças dentro da Brasil Ecodiesel se tornarem públicas e o mercado ganhar mais visibilidade sobre a companhia. “Enquanto isso não acontecer, as ações continuarão a apresentar volatilidade”, destaca o analista.
A companhia divulga ainda hoje (12) seus resultados, referentes ao primeiro trimestre de 2011, após o fechamento do mercado. A Planner colocou o preço-alvo e a recomendação para as ações da Brasil Ecodiesel em revisão.
São Paulo – As ações da Brasil Ecodiesel ( ECOD3 ) atingiram nesta quinta-feira (12) durante o pregão a menor cotação já registrada desde agosto de 2009, principalmente após o conselho de administração da companhia optar pela não aprovação da proposta feita pelo grupo Vanguarda, que poderia criar uma empresa de 2,16 bilhões de reais.
As ações da empresa terminaram a sessão com queda de 1,28%, cotadas a 0,77 real. Ao longo do dia, os papéis registraram a mínima de 0,74 real, o que representa uma baixa de 5,12%, chegando inclusive a liderar as perdas do Ibovespa, principal índice de ações brasileiro. A cotação (0,74 real) não é atingida desde 5 de agosto de 2009. Foi a quinta ação mais negociada no pregão de hoje.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia não explicou os motivos da decisão. A proposta de fusão tinha sido apresentada em abril deste ano e criaria uma produtora agrícola e de biodiesel que seria controlada pelo bilionário espanhol Enrique Bañuelos.
“A percepção é de que a Brasil Ecodiesel está mudando seu perfil de operação e que alguns acionistas poderiam não estar de acordo em relação aos planos da empresa de começar a atuar em outras áreas, e não apenas energia. Essas divergências podem ter sido um motivo para a não conclusão do acordo”, afirma Henrique Ribas, analista da Planner Corretora.
Segundo ele, “o mercado não recebeu uma explicação oficial da companhia sobre o motivo de ter recusado a oferta. Esta indefinição assustou o investidor”.
A Veremonte Participações, de Bañuelos, detém indiretamente o controle na Brasil Ecodiesel, produtora de biocombustíveis, e 50% da Vanguarda, que cultiva 230 mil hectares de soja, milho e algodão no Brasil.
“A aprovação do processo de fusão iria expor a Brasil Ecodiesel ao setor de alimentos, tornando a companhia em uma importante empresa de agronegócio listada no mercado de ações”, afirma Ribas. Para ele, o momento de união das duas companhias era oportuno, já que “os preços das commodities estão atrativos, oferecendo taxas de retornos interessantes e, portanto, o processo de fusão seria positivo”.
Perspectivas
Questionado sobre o desempenho das ações, o analista da Planner afirma que os papéis estão desvalorizados há um bom tempo, principalmente em função da reestruturação que está ocorrendo dentro da Brasil Ecodiesel.
Por outro lado, Ribas acredita que ainda há espaço para recuperação, inclusive quando as mudanças dentro da Brasil Ecodiesel se tornarem públicas e o mercado ganhar mais visibilidade sobre a companhia. “Enquanto isso não acontecer, as ações continuarão a apresentar volatilidade”, destaca o analista.
A companhia divulga ainda hoje (12) seus resultados, referentes ao primeiro trimestre de 2011, após o fechamento do mercado. A Planner colocou o preço-alvo e a recomendação para as ações da Brasil Ecodiesel em revisão.