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Brasil é o 5º maior credor da dívida americana

Luta do Banco Central contra a queda do dólar levou ao aumento das compras dos títulos do Tesouro americano

Obama fala de orçamento (Chip Somodevilla/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 11h43.

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São Paulo – Quais países seriam os mais afetados por um eventual calote do governo americano? O Brasil certamente estaria nessa lista. Em abril, segundo os últimos dados disponíveis no Departamento do Tesouro dos EUA, o país comprou 13,4 bilhões de dólares em notas do país, mais que qualquer outro.

Em um ano, o crescimento foi de 26%, o que levou o país posição de quinto maior credor da dívida da maior economia do mundo com 206,9 bilhões de dólares. A China, que está no topo da lista com 1,152 trilhão, está reduzindo as compras nos últimos seis meses.

O maior interesse do Brasil pela compra dos Treasuries está ligado ao combate à desvalorização da moeda americana ante o real. O Banco Central tem comprado dólares para tentar reduzir a oferta da moeda no país. Confira a lista dos 20 maiores credores:

Maiores detentores de títulos do Tesouro americano (em US$bi)
Ranking País abr/11 abr/10 Var. (%)
1China1.152900,228%
2Japão906,9793,814%
3Reino Unido333321,14%
4Exportadores de Petróleo221,5232,9-5%
5 Brasil 206,9 164,4 26%
6Taiwan154,5126,922%
7Bancos Centrais do Caribe138,1153,2-10%
8Rússia125,4113,111%
9Hong Kong122,4151,8-19%
10Suíça112,48041%
11Canadá87,781,97%
12Luxemburgo78,476,92%
13Alemanha61,354,812%
14Tailândia60,746,929%
15Singapura60,342,442%
16Índia42,13136%
17Irlanda40,245,7-12%
18Turquia37,927,936%
19Bélgica31,618,571%
20Coréia do Sul30,838,7-20%

O temor com uma eventual interrupção dos pagamentos por parte do governo americano cresceu hoje com o alerta da agência de classificação de risco Moody’s. A agência colocou o rating Aaa dos Estados Unidos em revisão para um possível rebaixamento.

Segundo a agência, a crescente probabilidade de que o limite de endividamento do país não seja elevado em tempo hábil justificou o anúncio. Para a agência, um calote, independentemente da duração, alteraria fundamentalmente a avaliação sobre a pontualidade dos pagamentos futuros.

Para Ben Bernanke, presidente do Banco Central americano (FED), uma moratória do paísteria um "enorme impacto" na economia global. "O perigo é que as taxas de juros comecem a subir à medida que nossos credores percam a confiança em nossa capacidade ou disposição para pagar as dívidas", disse Bernanke.

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São Paulo – Quais países seriam os mais afetados por um eventual calote do governo americano? O Brasil certamente estaria nessa lista. Em abril, segundo os últimos dados disponíveis no Departamento do Tesouro dos EUA, o país comprou 13,4 bilhões de dólares em notas do país, mais que qualquer outro.

Em um ano, o crescimento foi de 26%, o que levou o país posição de quinto maior credor da dívida da maior economia do mundo com 206,9 bilhões de dólares. A China, que está no topo da lista com 1,152 trilhão, está reduzindo as compras nos últimos seis meses.

O maior interesse do Brasil pela compra dos Treasuries está ligado ao combate à desvalorização da moeda americana ante o real. O Banco Central tem comprado dólares para tentar reduzir a oferta da moeda no país. Confira a lista dos 20 maiores credores:

Maiores detentores de títulos do Tesouro americano (em US$bi)
Ranking País abr/11 abr/10 Var. (%)
1China1.152900,228%
2Japão906,9793,814%
3Reino Unido333321,14%
4Exportadores de Petróleo221,5232,9-5%
5 Brasil 206,9 164,4 26%
6Taiwan154,5126,922%
7Bancos Centrais do Caribe138,1153,2-10%
8Rússia125,4113,111%
9Hong Kong122,4151,8-19%
10Suíça112,48041%
11Canadá87,781,97%
12Luxemburgo78,476,92%
13Alemanha61,354,812%
14Tailândia60,746,929%
15Singapura60,342,442%
16Índia42,13136%
17Irlanda40,245,7-12%
18Turquia37,927,936%
19Bélgica31,618,571%
20Coréia do Sul30,838,7-20%

O temor com uma eventual interrupção dos pagamentos por parte do governo americano cresceu hoje com o alerta da agência de classificação de risco Moody’s. A agência colocou o rating Aaa dos Estados Unidos em revisão para um possível rebaixamento.

Segundo a agência, a crescente probabilidade de que o limite de endividamento do país não seja elevado em tempo hábil justificou o anúncio. Para a agência, um calote, independentemente da duração, alteraria fundamentalmente a avaliação sobre a pontualidade dos pagamentos futuros.

Para Ben Bernanke, presidente do Banco Central americano (FED), uma moratória do paísteria um "enorme impacto" na economia global. "O perigo é que as taxas de juros comecem a subir à medida que nossos credores percam a confiança em nossa capacidade ou disposição para pagar as dívidas", disse Bernanke.

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