Brasil conterá a inflação e bolsa sobe para 87.500, diz Citi
Analista do grupo mostrou otimismo e acredita que a inflação será contida sem a necessidade de um aumento significativo na Selic
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2011 às 18h38.
Nova York - O Brasil conterá a inflação sem aumentar “significativamente” as taxas de juros e o Ibovespa deve subir para 87.500 até o fim do ano, disse Matthew Hickman, diretor de pesquisa em renda variável para América Latina do Citigroup Inc.
“É uma meta grande, mas nós estamos bastante agressivos nessa chamada”, disse Hickman em entrevista hoje. “Se o governo tomar as medidas para desacelerar as formas de os bancos intermediarem fluxos de capital e transformá-los em crédito, isso seria uma coisa boa”.
O Citigroup prevê que a taxa de juros básica vá aumentar 100 pontos-base em junho. O Comitê de Política Monetária subiu duas vezes a Selic este ano para 11,75 por cento, para desacelerar a inflação, que no mês passado chegou à taxa mais alta desde novembro de 2008. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse hoje que a autoridade monetária está pronta para adotar novas medidas para conter a expansão do crédito e esfriar a demanda doméstica aquecida.
Economistas aumentaram sua previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo de 5,82 por cento para 5,88 por cento, na semana anterior, de acordo com o boletim Focus do Banco Central divulgado ontem, feito com cerca de 100 analistas do mercado. Economistas preveem que a inflação baixe para 4,80 por cento em 2012, segundo o Focus.
O Citigroup recomenda aos investidores que comprem ações de empresas brasileiras e Hickman disse que o banco classifica o País como “big overweight”.
O Ibovespa subiu 1 por cento no último ano, a pior performance anual histórica relativa ao índice MSCI de mercados emergentes. O principal índice da bolsa de São Paulo acumula baixa de 2,5 por cento este ano.