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Brascan eleva preço alvo da Vale por maior ajuste para minério

Rio de Janeiro - A Brascan Corretora elevou nesta quarta-feira o preço-alvo das ações preferencias da Vale, de 52,16 reais para 60,30 reais, depois de incorporar um aumento para o preço do minério de ferro da ordem de 70 por cento para este ano, contra previsão inicial de 25 por cento.   Segundo relatório divulgado […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Rio de Janeiro - A Brascan Corretora elevou nesta quarta-feira o preço-alvo das ações preferencias da Vale, de 52,16 reais para 60,30 reais, depois de incorporar um aumento para o preço do minério de ferro da ordem de 70 por cento para este ano, contra previsão inicial de 25 por cento.

Segundo relatório divulgado pela corretora, o mercado à vista de minério de ferro da China atingiu nos últimos dias o maior patamar desde setembro de 2008, de cerca de 145 dólares a tonelada, época em que a economia mundial iniciou uma desaceleração por conta da crise financeira global.

O spot chegou a cair para 62,5 dólares a tonelada em abril de 2009, informou a Brascan.

A corretora destacou ainda que, em sua última teleconferência, a Vale afirmou que considera o spot da China como preço de mercado.

"A mineradora informou que está preparada para vender seu minério diretamente no mercado à vista chinês, em base CIF. Assim, há uma posição ainda mais confortável para a Vale maximizar preços entre spot e benchmark, pressionando as negociações contratuais para cima", explicou a Brascan no relatório.

Na avaliação da Brascan, no entanto, o aumento não deve seguir o ajuste de mais de 100 por cento do preço spot, indicando aumento de 70 por cento no preço da commodity em 2010. Para 2011 a previsão foi mantida em aumento de 10 por cento e estabilidade para 2012. No longo prazo, a corretora prevê que o preço do minério esteja em torno dos 50 dólares a tonelada em 2019.

Já o ajuste do preço das pelotas deve ficar em torno de 85 por cento este ano e de 25 por cento em 2011.

A Brascan manteve a mesma curva de volume de vendas para a Vale, que prevê 262 milhões de toneladas de minério este ano e 44 milhões de toneladas de pelotas.

De acordo com a corretora, a demanda mundial por minério está cada vez mais otimista, "não apenas na China, como também na Europa e no Japão", com a Vale não conseguindo atender toda a demanda e BHP e Rio Tinto operando a plena capacidade.

"Acreditamos que o cenário atual de restrição de expansão da oferta por parte das mineradoras não se altere substancialmente até 2012, mantendo os preços pressionados, dada uma continuidade da atual recuperação do setor siderúrgico", avaliou em relatório.

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