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Braço de ferro não atrapalha Pão de Açúcar na bolsa

Varejista já valorizou 30% na Bovespa neste ano; Ágora aposta em mais 30% até o final de 2013

Jean-Charles Naouri, CEO do Casino, e o empresário Abilio Diniz (Montagem/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 16h05.

São Paulo – A transição de poder no Grupo Pão de Açúcar ( PCAR4 ) não compromete o bom desempenho da varejista seja em seu segmento de atuação, seja na bolsa de valores. A avaliação está no mais recente relatório da corretora Ágora, que reitera a compra das ações da companhia.

O analista José Cataldo acredita que os papéis possam valorizar até 27% ao final de 2013, estabelecendo um preço-alvo de 111 reais.
“Acreditamos que a empresa tem fundamentos sólidos em suas duas divisões, alimentos e bens duráveis. Além disso, estamos menos preocupados em relação à disputa entre Abílio Diniz e Casino , devido ao primeiro movimento de transição de liderança feito recentemente, explica o analista.

Alimentos

O atacadista Assai e o Minimercado Extra são apontados pela Ágora como elementos importantes para o crescimento da receita do Pão de Açúcar.

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“O formato da rede Assai contribui negativamente em termos de margens, mas possui um bom retorno sobre o capital investido. Embora o ambiente competitivo não esteja fácil, a companhia parece estar numa posição confortável e deverá registrar ganhos de participação de mercado”, avalia Cataldo.

Bens duráveis

O relatório destaca que a Viavarejo, ou Globex, começou a apresentar melhora de rentabilidade, uma consequência da estratégia da empresa de focar no ponto de virada das operações do Ponto Frio.


“O Pão de Açúcar tem muito a ganhar com as sinergias após a aprovação, pelo órgão antitruste, da criação da Viavarejo. Esperamos uma aprovação com restrições, exigindo a venda de algumas lojas”, projeta o analista.

Cataldo lembra ainda que a Viavarejo é a maior varejista do segmento de bens duráveis e possui vantagens em termos de preço na negociação com a indústria.

Resultados

O Pão de Açúcar encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 159 milhões de reais, praticamente em linha com o esperado pelo mercado e um salto sobre o ganho de 91 milhões de reais do ano anterior. O resultado exclui receita bruta de 98 milhões de reais de área de empreendimentos imobiliários.

Em termos consolidados, incluindo os ativos imobiliários, a rede teve lucro líquido de 255 milhões de reais no trimestre passado ante ganho de 91 milhões de abril a junho de 2011.

Em 2012, as ações preferenciais da varejista entregam ganhos de 30%, enquanto o Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, sobe 8%.

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