Bovespa: tom de cautela em meio às persistentes inquietações políticas adiciona volatilidade aos negócios (Germano Lüders/EXAME.com)
Reuters
Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 11h34.
São Paulo - O principal índice da bolsa paulista operava em torno da estabilidade nesta quarta-feira, tendo os papéis da Embraer entre as maiores altas, embora a proximidade do fim do ano ajude a diminuir a liquidez e favoreça a volatilidade.
Às 11:22, o Ibovespa subia 0,09 por cento, a 57.635 pontos. O giro financeiro era de 530,4 milhões de reais.
O tom de cautela em meio às persistentes inquietações políticas também adiciona volatilidade aos negócios. Investidores ainda seguem atentos à possibilidade de novas delações no âmbito da operação Lava Jato e seus potenciais impactos no governo.
Além disso, sinais de atritos entre Executivo e Legislativo também despertam atenção, após a Câmara dos Deputados aprovar na véspera o projeto da dívida dos Estados, contrariando o Ministério da Fazenda ao retirar parte das contrapartidas que promovem ajustes fiscais nas contas estaduais.
No âmbito econômico, o destaque é a prévia da inflação oficial do país, que foi a mais baixa para o mês de dezembro desde 1998. No ano, a alta acumulada é de 6,58 por cento, a menor desde 2014. Os dados do IPCA-15 abrem espaço para o Banco Central acelerar o ritmo de corte de juros no país.
- Embraer subia 3,88 por cento, liderando as altas do Ibovespa. O Itaú BBA elevou a recomendação para as ações da fabricante brasileira de aviões para "outperform", ante "market perform", avaliando que as perdas recentes provavelmente foram exageradas.
- Gerdau avançava 1,79 por cento, destacando-se entre as empresas do setor, em sessão marcada pelo avanço dos contratos futuros de aço e minério de ferro na China. CSN oscilava perto da estabilidade, enquanto Usiminas PNA ganhava 0,25 por cento.
- Petrobras PN tinha alta de 0,07 por cento e Petrobras ON subia 0,06 por cento em meio à firmeza dos preços do petróleo no mercado internacional.
- Braskem PNA avançava 2,6 por cento. A empresa petroquímica e a Odebrecht vão pagar 1,4 bilhão de reais aos governos dos Estados Unidos e da Suíça como parte do acordo das investigações de corrupção, informou à Reuters uma fonte.