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Bovespa sobe quase 2% com avanço de bancos e da Vale

. O volume financeiro somou 4,25 bilhões de reais, bem abaixo da média diária de dezembro, de 8,3 bilhões de reais

Bovespa: decisão de Temer de vetar parcialmente o projeto de renegociação das dívidas dos Estados com a União repercutiu positivamente. (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: decisão de Temer de vetar parcialmente o projeto de renegociação das dívidas dos Estados com a União repercutiu positivamente. (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 19h52.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta de quase 2 por cento nesta quarta-feira, após encostar nos 60 mil pontos na máxima do dia, em sessão de menor liquidez, com investidores preferindo não assumir grandes posições no penúltimo pregão do ano.

O Ibovespa subiu 1,85 por cento, para 59.781 por cento. Na máxima da sessão, alcançou 59.911 pontos. O volume financeiro somou 4,25 bilhões de reais, bem abaixo da média diária de dezembro, de 8,3 bilhões de reais.

O desempenho foi apoiado particularmente na valorização dos papéis de bancos privados, enquanto o avanço do minério de ferro na China ofereceu suporte à Vale e a elevação do petróleo ajudou Petrobras

A trajetória ascendente no pregão doméstico ocorreu a despeito do enfraquecimento em Wall Street nesta sessão, onde os principais índices acionários recuavam perto do fechamento. O S&P 500 perdia 0,77 por cento.

A decisão do presidente Michel Temer de vetar parcialmente o projeto de renegociação das dívidas dos Estados com a União repercutiu positivamente.

O projeto aprovado pelo Congresso teve retirado do texto boa parte das contrapartidas exigidas para a ajuda do governo federal.

"No médio prazo, o impacto é positivo: mostra maior comprometimento com o ajuste fiscal; e evita pressões futuras sobre a Fazenda, naquilo que seria uma negociação 'caso a caso' de cada Estado", disse a Guide Investimentos em nota a clientes.

A bolsa paulista caminha para fechar 2016 com o primeiro ganho anual em quatro anos. Até o fechamento desta quarta-feira, o Ibovespa acumula alta de 37,9 por cento no ano.

A melhora neste ano encontrou força na mudança do comando do país, que endossou a melhora das perspectivas para a economia brasileira, mas também encontrou respaldo na alta de commodities e no rali em Wall Street.

DESTAQUES

- BRADESCO PN avançou 3,59 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN subiu 2,35 por cento, em sessão positiva para o setor financeiro, respondendo por relevante contribuição para a alta do Ibovespa dada a fatia que ambos detém no índice. SANTANDER BRASIL ganhou 5,27 por cento.

- VALE ON valorizou-se 3,17 por cento e VALE PNA encerrou com acréscimo de 3,03 por cento, seguindo o movimento do minério de ferro na China, com o contrato futuro na bolsa de Dalian avançando 3 por cento.

- BB SEGURIDADE apreciou-se 4,01 por cento, tendo no radar dados do setor de seguros, que segundo o Bradesco BBI mostraram números fortes para a companhia, com destaque para os planos de pensão.

- PETROBRAS PN fechou com alta 2,57 por cento e PETROBRAS ON com variação positiva de 1,74 por cento, conforme os preços do petróleo se sustentaram no azul.

- COSAN avançou 5,74 por cento, recuperando-se da perda de 3,8 por cento acumulada nos três pregões anteriores.

- GERDAU PN caiu 1,91 por cento, com as siderúrgicas como um todo perdendo fôlego após fortes ganhos no começo da sessão, na esteira dos preços do vergalhão de aço na China. No ano, o setor siderúrgico registra as maiores altas do Ibovespa.

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