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Bovespa sobe mais de 1% embalada por China

A bolsa brasileira retomou o nível dos 51 mil pontos logo no começo do pregão


	Bovespa: às 10h05, o Ibovespa subia 1,56%, aos 51.192,38 pontos, na pontuação máxima após abertura
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: às 10h05, o Ibovespa subia 1,56%, aos 51.192,38 pontos, na pontuação máxima após abertura (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 10h56.

São Paulo - A Bovespa abriu a quinta-feira em alta acelerada, retomando o nível dos 51 mil pontos logo no começo do pregão, com ganhos de mais de 1%. Porém, a volatilidade ainda reveste os negócios locais, em meio à continuidade da incerteza sobre quando se dará o início da retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve, por causa da ausência de novidades na ata do Banco Central dos Estados Unidos divulgada ontem.

A agenda econômica norte-americana do dia está repleta de indicadores relevantes, o que tende a aguçar ao vaivém global. Mas é a melhora da atividade na China e na zona do euro que alimenta o apetite por risco desde cedo, ao passo que o comportamento doméstico do dólar também favorece as exportadoras brasileiras.

Já Petrobras pode reagir ao cada vez mais provável aumento nos preços dos combustíveis. Às 10h05, o Ibovespa subia 1,56%, aos 51.192,38 pontos, na pontuação máxima após abertura.

"Como de costume, o Fed foi evasivo e não deu indícios de quando iniciará a retirada dos estímulos da economia, mostrando que os integrantes continuam divididos em relação à questão", resume, em relatório, o gerente da mesa de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus. As apostas, portanto, seguem divididas entre setembro e dezembro, mas a única certeza é de que a redução do programa de compras de bônus começará ainda neste ano. "O timing ainda é a grande incerteza", acrescenta um operador da mesa de renda variável.

Essa dúvida continua trazendo volatilidade aos mercados financeiros, principalmente nos negócios com dólar e títulos, o que acionou novas atuações do Banco Central brasileiro e do Tesouro Nacional hoje. A escalada da moeda norte-americana ante o real, porém, tende a beneficiar as exportadoras brasileiras.


Aliás, essas empresas recebem um impulso extra da China hoje, após a atividade manufatureira chinesa migrar para o território que indica expansão, indo a 50,1 em agosto, no maior patamar em quatro meses. Já na Europa, a recuperação da atividade na zona do euro continuou ganhando tração, alcançando a leitura mais elevada em 26 meses.

Em contrapartida, a taxa de câmbio nos maiores níveis desde março de 2009 penaliza a Petrobras, o que eleva a expectativa por um novo reajuste nos preços da gasolina e do óleo diesel. Com a urgência de reforçar o caixa da estatal petrolífera e viabilizar o programa de investimentos no médio prazo, o aumento deve ficar na casa de um dígito para os dois combustíveis, mas o martelo ainda não está batido sobre quando ocorrerá.

Ainda internamente, o IBGE informou que a taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,6% em julho, no piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções. Já nos Estados Unidos, foi anunciado há pouco que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 13 mil, para 336 mil, mas continuou perto dos menores níveis em cinco anos.

Em meio a esse novo sinal de melhora no mercado de trabalho, o futuro do S&P 500 subia 0,52%, às 9h50, à espera ainda da leitura preliminar de agosto do índice de atividade industrial (PMI) dos EUA, às 10 horas. No mesmo horário, sai o índice de preços de moradias em junho. Às 11 horas, é a vez do índice de indicadores antecedentes em julho. Por fim, às 12 horas, o Federal Reserve de Kansas City informa o índice regional de atividade neste mês.

Aliás, começa hoje o simpósio de política monetária promovida por essa distrital do Fed em Jackson Hole (Wyoming), cujo tema será "Dimensões Globais de Políticas Monetárias não Convencionais". O evento, porém, não contará com as participações dos presidentes de bancos centrais dos EUA, Ben Bernanke; do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e do Brasil, Alexandre Tombini.

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