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Bovespa perde mais de 1% com influência internacional

O Senado aprovou na madrugada parecer pela continuidade do processo de impeachment contra a presidente afastada

Gerdau: às 11h37, o Ibovespa caía 0,71 por cento, a 57.282 pontos (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 14h55.

São Paulo - A Bovespa aprofundava perdas nesta quarta-feira, com a reação positiva inicial do mercado à sequência do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Roussef dando lugar à influência internacional mais negativa.

Às 14:40, o Ibovespa caía 1,29 por cento, a 56.945 pontos. O giro financeiro do pregão era de 3,6 bilhões de reais.

Mais cedo índice chegou a subir 0,46 por cento.

O Senado aprovou na madrugada a continuidade do processo de impeachment contra a presidente afastada, que tornou-se ré, acusada de cometer crime de responsabilidade. A parcela majoritária do mercado considera positivo o afastamento.

"Temos um bom noticiário, mas como viemos de um rali e o mercado já vem esperando o afastamento definitivo da presidente, não imagino que deva fazer mais preço ao longo do dia", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora. Na semana passada, o Ibovespa teve o oitavo ganho semanal consecutivo.

Para Figueredo, o mercado vem resistindo a uma correção mais forte, mas há espaço para isso acontecer a qualquer momento.

O analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, também citou o fato do projeto do governo que regulamenta a renegociação das dívidas dos Estados com a União ter sido aprovado na Câmara dos Deputados com um placar mais apertado que o esperado, com o governo cedendo em alguns pontos.

"Isso ligou algum sinal amarelo de maior cautela", disse, abrindo espaço para a queda da Bovespa frente ao dia mais negativo no exterior.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 caía 0,26 por cento.

Destaques

--GERDAU era destaque positivo do Ibovespa, com ganho de 3,6 por cento. A siderúrgica teve queda de 30,6 por cento no lucro do segundo trimestre na comparação anual, mas houve forte avanço sobre o lucro do primeiro trimestre e queda na relação dívida líquida/Ebitda.

--CYRELA perdia 4,2 por cento após divulgar queda de 62 por cento no lucro do segundo trimestre contra um ano antes em meio ao cenário prolongado de forte queda nas vendas. Analistas do BTG Pactual afirmaram que o lucro da companhia foi fraco, mas veio dentro do esperado. O mesmo não valeu para a queima de caixa, pior que o previsto.

--EMBRAER recuava 1,15 por cento. A fabricante de jatos informou a abertura de ação coletiva contra a companhia em um tribunal federal de Nova York, e acrescentou que pretende se defender no momento oportuno.

--BTG PACTUAL, fora do Ibovespa, caía 1,4 por cento. A instituição financeira teve queda de 8 por cento no lucro de abril a junho ante mesma etapa de 2015, com um forte aumento das despesas operacionais.

--VALE perdia x por cento nas preferenciais, em dia de queda do contrato futuro do minério de ferro na China.

Texto atualizado às 14h54

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São Paulo - A Bovespa aprofundava perdas nesta quarta-feira, com a reação positiva inicial do mercado à sequência do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Roussef dando lugar à influência internacional mais negativa.

Às 14:40, o Ibovespa caía 1,29 por cento, a 56.945 pontos. O giro financeiro do pregão era de 3,6 bilhões de reais.

Mais cedo índice chegou a subir 0,46 por cento.

O Senado aprovou na madrugada a continuidade do processo de impeachment contra a presidente afastada, que tornou-se ré, acusada de cometer crime de responsabilidade. A parcela majoritária do mercado considera positivo o afastamento.

"Temos um bom noticiário, mas como viemos de um rali e o mercado já vem esperando o afastamento definitivo da presidente, não imagino que deva fazer mais preço ao longo do dia", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora. Na semana passada, o Ibovespa teve o oitavo ganho semanal consecutivo.

Para Figueredo, o mercado vem resistindo a uma correção mais forte, mas há espaço para isso acontecer a qualquer momento.

O analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, também citou o fato do projeto do governo que regulamenta a renegociação das dívidas dos Estados com a União ter sido aprovado na Câmara dos Deputados com um placar mais apertado que o esperado, com o governo cedendo em alguns pontos.

"Isso ligou algum sinal amarelo de maior cautela", disse, abrindo espaço para a queda da Bovespa frente ao dia mais negativo no exterior.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 caía 0,26 por cento.

Destaques

--GERDAU era destaque positivo do Ibovespa, com ganho de 3,6 por cento. A siderúrgica teve queda de 30,6 por cento no lucro do segundo trimestre na comparação anual, mas houve forte avanço sobre o lucro do primeiro trimestre e queda na relação dívida líquida/Ebitda.

--CYRELA perdia 4,2 por cento após divulgar queda de 62 por cento no lucro do segundo trimestre contra um ano antes em meio ao cenário prolongado de forte queda nas vendas. Analistas do BTG Pactual afirmaram que o lucro da companhia foi fraco, mas veio dentro do esperado. O mesmo não valeu para a queima de caixa, pior que o previsto.

--EMBRAER recuava 1,15 por cento. A fabricante de jatos informou a abertura de ação coletiva contra a companhia em um tribunal federal de Nova York, e acrescentou que pretende se defender no momento oportuno.

--BTG PACTUAL, fora do Ibovespa, caía 1,4 por cento. A instituição financeira teve queda de 8 por cento no lucro de abril a junho ante mesma etapa de 2015, com um forte aumento das despesas operacionais.

--VALE perdia x por cento nas preferenciais, em dia de queda do contrato futuro do minério de ferro na China.

Texto atualizado às 14h54

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