Bovespa sobe 1,8% com avanço de siderúrgicas e mineradores
O Ibovespa subiu 1,79%, a 66.124 pontos, maior patamar de fechamento desde 26 de janeiro (66.190 pontos)
Reuters
Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 19h13.
São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira, retomando o patamar dos 66 mil pontos pela primeira vez em duas semanas, amparada nos fortes ganhos de empresas ligadas a commodities e com Vale tendo a maior influência positiva.
O Ibovespa subiu 1,79 por cento, a 66.124 pontos, maior patamar de fechamento desde 26 de janeiro (66.190 pontos). Na semana, a alta foi de 1,8 por cento.
O giro financeiro subiu no último pregão da semana para 8,86 bilhões de reais, após não chegar a 7 bilhões de reais nas quatro sessões anteriores.
O noticiário corporativo também repercutiu de forma favorável nesta sessão, com as ações da Lojas Renner subindo após balanço trimestral e os papéis da CCR avançando na esteira da precificação de sua oferta de ações.
À tarde, a S&P elevou o rating da Petrobras para "BB-" e melhorou a perspectiva para estável, impulsionando ainda mais as ações da empresa e, consequentemente, o Ibovespa.
No exterior, Wall Street subia a novas máximas, com investidores mantendo o otimismo após a promessa do presidente norte-americano, Donald Trump, de apresentar um plano de reforma tributária nas próximas semanas.
As atenções dos investidores na próxima semana seguem no noticiário corporativo, com a divulgação de balanços de empresas como Banco do Brasil, Braskem e Usiminas.
Segundo o gestor de recursos da Mapfre Investimentos Thiago Souza, de maneira geral, o cenário para o mercado acionário brasileiro é favorável e os investidores agora monitoram balanços corporativos à espera de sinais de melhora nos resultados das empresas.
"Agora é aguardar os resultados e ter um pouco de cautela com a situação política que em algum momento pode pesar nos mercados", disse.
Destaques
- VALE PNA subiu 6,55 por cento e VALE ON ganhou 5,53 por cento, em sessão de forte alta nos preços do minério de ferro na China.
- CSN avançou 8,38 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, amparada nos ganhos das commodities metálicas. A USIMINAS subiu 5,71 por cento.
- LOJAS RENNER teve ganhos de 3,87 por cento após a divulgação de seu balanço do 4º trimestre do ano passado, com analistas do UBS destacando um sólido controle de despesas operacionais, apesar de vendas mais fracas.
- CCR avançou 3,97 por cento após fixar o preço da oferta de ações em 16 reais, o que deve levar à captação de 4,07 bilhões de reais por meio da emissão de um total de 254.412.800 novas ações ordinárias.
- PETROBRAS PN subiu 3,52 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 2,44 por cento, acompanhando preços do petróleo no mercado internacional que avançavam amparados nas fortes importações da China e nos cortes na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Além disso, os ganhos tiveram impulso extra após a elevação do rating da estatal pela S&P.
- SUZANO PAPEL E CELULOSE caiu 2,1 por cento, no pior desempenho do Ibovespa, após subir 3,82 por cento véspera, quando foi impulsionada por seu resultado trimestral. A correção desta sessão ganhou força com o enfraquecimento do dólar ante o real.
- KEPLER WEBER, que não faz parte do Ibovespa, disparou 14,29 por cento após o Banco do Brasil e seu fundo de pensão Previ anunciarem a venda da fatia conjunta fabricante de implementos agrícolas para a norte-americana AGCO. As ações do BANCO DO BRASIL subiram 1,83 por cento.