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Bovespa sobe 1,66% e fecha acima de 55 mil pontos com Fed

Ações fecharam em alta após o banco central dos EUA aliviar temores de que sinalizaria elevação dos juros antes do esperado


	Operador da Bovespa: giro financeiro foi de R$ 15,9 bilhões
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Operador da Bovespa: giro financeiro foi de R$ 15,9 bilhões (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2014 às 18h11.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta de mais de 1,5 por cento nesta quarta-feira, após o banco central dos Estados Unidos aliviar temores de que sinalizaria elevação dos juros antes do esperado e refletindo expectativas por nova pesquisa eleitoral.

O Ibovespa subiu 1,66 por cento, a 55.202 pontos, na máxima do pregão e em linha com a alta das bolsas norte-americanas, cujo índice S&P 500 fechou em novo recorde histórico.

O índice brasileiro também foi influenciado pelo vencimento de opções sobre Ibovespa e índice futuro, que inflou o giro financeiro para 15,9 bilhões de reais.

Os mercados temiam que o Federal Reserve sinalizasse para uma política monetária menos expansionista nos EUA e que poderia elevar os juros antes do esperado, o que tenderia a atrair recursos atualmente aplicados em países como o Brasil.

Apesar de o Fed ter expressado confiança de que uma recuperação está em grande parte em andamento, o que permitirá que comece a elevar as taxas de juros em 2015, o mercado não viu grande mudança em sua postura.

"Embora os sinais econômicos sejam melhores, isso ainda é insuficiente para que eles estejam suficientemente convencidos a encaminhar ajustes mais fortes.

O mercado manteve a percepção de que o ajuste vai ser bem cauteloso", disse o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto.

O Fed disse que a taxa de desemprego continua elevada, embora tenha caído; que a recuperação do setor imobiliário permanece lenta; e que as expectativas inflacionárias permaneceram estáveis a longo prazo.

A Bovespa também foi mais uma vez influenciada por expectativas em relação ao cenário eleitoral.

O mercado especulou nesta quarta-feira sobre o resultado de pesquisa eleitoral que a Confederação Nacional da Indústria encomendou ao Ibope e que será divulgada na quinta-feira às 9h30, quando os mercados brasileiros estarão fechados por conta do feriado de Corpus Christi.

As ações preferenciais da Petrobras fecharam em alta de 3,71 por cento, por conta de especulações sobre a pesquisa de quinta-feira e também influenciadas pela volatilidade trazida pelo vencimento de opções sobre Ibovespa.

Papéis de bancos como Itaú Unibanco, que pressionaram a bolsa para baixo pela manhã, acabaram fechando no azul. O Banco do Brasil chegou a recuar 4 por cento, mas encerrou com desvalorização de 1 por cento.

Ações de energia ficaram entre as maiores altas, com destaque para Cemig, Cesp e Copel.

Profissionais do mercado citaram chance de nova ajuda do governo federal a distribuidoras, após a agência reguladora Aneel admitir que o preço da energia de curto prazo (PLD) segue acima do que o setor pode suportar.

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