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Bovespa sobe 0,7% na esteira dos fortes ganhos da Vale

O Ibovespa encerrou com ganho de 0,7%, a 62.131 pontos, depois de subir 1,2% na máxima da sessão

Bovespa: além da Vale, a bolsa paulista também encontrou sustentação nos papéis da Petrobras (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: além da Vale, a bolsa paulista também encontrou sustentação nos papéis da Petrobras (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 18h47.

São Paulo - O principal índice de ações da Bovespa fechou em alta nesta terça-feira, apoiando-se nos fortes ganhos da Vale, que espelhou a alta de 8 por cento dos preços do minério de ferro no mercado chinês.

O Ibovespa encerrou com ganho de 0,7 por cento, a 62.131 pontos, depois de subir 1,2 por cento na máxima da sessão. O giro financeiro somou 6,07 bilhões de reais, abaixo da média de 7,4 bilhões de reais observada em 2016.

Além da Vale, a bolsa paulista também encontrou sustentação nos papéis da Petrobras, cuja emissão internacional de bônus atraiu forte demanda.

O avanço do índice teria sido maior não fosse pelo peso de algumas ações do setor financeiro, notadamente Itaú Unibanco, que devolveu os ganhos da abertura e fechou no vermelho.

A bolsa paulista subiu quase 40 por cento em 2016 e neste ano acumula alta de 3,2 por cento.

Para o economista-chefe da corretora Gradual, André Perfeito, a Bovespa tem sido beneficiada por uma percepção mais positiva em relação aos mercados emergentes neste momento.

Ele ressalta, no entanto, que o potencial de alta do Ibovespa pode ser mais limitado nos próximos meses. "Até pode ir para 70 mil pontos, mas não há por enquanto notícias que sustentem uma alta acima disso", disse Perfeito.

No momento, a atenção dos investidores se divide entre o noticiário corporativo e a expectativa da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juro, na quarta-feira.

Agentes do mercado preveem corte de 0,5 ou 0,75 ponto percentual na Selic, atualmente em 13,75 por cento ao ano.

Destaques

- VALE PNA terminou em alta de 7,70 por cento, e VALE ON avançou 6,30 por cento, registrando a melhor performance do Ibovespa e recuperando-se das perdas da véspera, após as cotações do minério de ferro dispararem 8 por cento na China, para o maior nível em mais de três semanas. BRADESPAR PN, acionista da mineradora, acompanhou o movimentou e subiu 5,51 por cento.

- PETROBRAS PN fechou com ganho de 0,98 por cento, e PETROBRAS ON subiu 1,67 por cento, reagindo à forte demanda de investidores pelos títulos emitidos na segunda-feira. A estatal petroleira lançou no mercado internacional 4 bilhões de dólares de bônus em duas tranches.

- BRF ON encerrou em alta de 0,48 por cento, após anunciar a compra do controle da produtora de carne de aves Banvit, na Turquia, a fim de acelerar o crescimento da subsidiária OneFoods e fortalecer a presença no mercado muçulmano. A empresa estima sinergias de até 180 milhões de dólares com o negócio.

- MULTIPLAN ONfechou em baixa de 2,2 por cento, entre os piores desempenho do Ibovespa, depois que o conselho de administração da empresa aprovou aumento de capital de 360 milhões a 600 milhões de reais em acordo com o Credit Suisse. Está prevista na quarta-feira uma operação de compra e venda de 3,9 milhões de ações ao preço de 58,50 reais entre 12h e 12h15. A transação será intermediada pela corretora do Credit Suisse.

- OI PN e OI ON, que não fazem parte do Ibovespa, subiram 0,83 e 4,33 por cento, respectivamente. Nesta terça-feira, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, afirmou que uma eventual fusão entre a operadora e a TIM Participações não seria de difícil aprovação após a solução do processo de recuperação judicial. Mas o vice-presidente regulatório e institucional da TIM, Mario Girasole, afirmou que a empresa não tem interesse em uma combinação de negócios. TIM fechou em alta de 0,97 por cento.

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