Bovespa sobe 0,58% ajudada por fluxo de estrangeiro
São Paulo - A gangorra entre Petrobras e Vale temperou a Bolsa de Valores de São Paulo na sessão desta quarta-feira, na qual o índice Bovespa subiu influenciado pelo sinal positivo das bolsas no exterior e, principalmente, em razão da continuidade do ingresso de recursos estrangeiros. Assim como ontem, o Ibovespa tocou os 70 mil […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - A gangorra entre Petrobras e Vale temperou a Bolsa de Valores de São Paulo na sessão desta quarta-feira, na qual o índice Bovespa subiu influenciado pelo sinal positivo das bolsas no exterior e, principalmente, em razão da continuidade do ingresso de recursos estrangeiros. Assim como ontem, o Ibovespa tocou os 70 mil pontos, mas novamente não teve força para se sustentar nesse patamar. Os analistas, no entanto, reforçam que a trajetória segue favorável e amanhã, se os indicadores deixarem, há espaço enfim para o índice romper essa importante resistência.
O Ibovespa terminou o pregão em alta de 0,58%, aos 69.979,28 pontos. Na mínima do dia, registrou 69.578 pontos (estabilidade) e, na máxima, os 70.476 pontos (+1,29%). No mês, acumula ganho de 5,23% e, no ano, de 2,03%. O giro financeiro segue inflado por causa dos recursos dos estrangeiros e totalizou R$ 8,174 bilhões hoje. Os dados são preliminares.
As ações da Petrobras dividiram hoje com as da Vale as atenções do pregão, também compartilhando giro negociado bastante similar (pouco mais de R$ 1 bilhão). Mas enquanto os papéis da estatal do petróleo subiram, os da mineradora fecharam em baixa. Na avaliação do economista da Legan Asset Fausto Gouveia, uma das explicações para tal comportamento é a troca desses papéis pelos investidores. "Eles estão vendendo Vale, que subiu bem mais, e comprando Petrobras, que está atrasada", explicou ao lembrar que há grande expectativa com o marco regulatório da exploração de petróleo da camada pré-sal e também com o balanço da Petrobras, o que pode ter chamado compras. Ele ainda citou o vencimento de opções sobre ações na próxima semana, com um grande volume de operações em opções de compra acontecendo nas mesas. Petrobras ON terminou em alta de 1,45% e Petrobras PN, de 1,37%. No exterior, depois de algum sobe-e-desce, o contrato futuro de petróleo leve com vencimento em abril, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), fechou em alta de 0,74%, a US$ 82,09 o barril.
Vale ON terminou em baixa de 1,29% e Vale PNA, em queda de 1,28%. As ações da mineradora podem perfeitamente voltar a subir já na sessão de amanhã, após a divulgação de uma série de indicadores relevantes na China.
No exterior, as Bolsas norte-americanas e europeias digeriram os bons dados dos EUA, nem tanto os do Reino Unido, mas conseguiram fechar em alta. Na Europa, as ações das petroleiras e das mineradoras puxaram os ganhos. O índice FTSE da Bolsa de Londres subiu 0,68%, para 5.640,57 pontos, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt fechou em alta de 0,86%, a 5.936,72 pontos, o índice CAC-40 da Bolsa de Paris avançou 0,86%, para 3.943,55 pontos, enquanto o índice IBEX-35 da Bolsa de Madri teve alta de 1,07%, aos 11.121,00 pontos.
Nos EUA, o Dow Jones oscilou bastante e fechou quase no zero a zero. Terminou em leve alta de 0,03%, aos 10.567,33 pontos, o S&P 500 subiu 0,45%, aos 1.145,61 pontos, e o Nasdaq avançou 0,78%, aos 2.358,95 pontos.
Na Bovespa, as maiores altas foram MRV ON (+5,81%), Brasil Telecom PN (+5,45%) e Telemar PN (+4,48%). E as maiores quedas, JBS ON (-3,33%), BradesPar PN (-2,67%) e All unit (-1,63%).